Foi Só Coincidência?-Fanfic Bsd

Capítulo 12

Pov: Dazai

11 de maio, quinta.

É, no fim das contas, Aya foi mesmo abrigada por Verlaine, ou seja, passou a morar com dois homens.

Verlaine a levou ontem, Chuuya me disse que o loiro chegou antes dele e teve uma surpresa quando viu a manina encolhida no sofá.

Chuuya se apresentou para ela, do jeito mais delicado que ele conseguiu, mas ela, aparentemente, ignorou ele e se afastou. Isso parece ter abalado um pouco o ruivo, porém, ele ao menos entende que não é por mal.

E, bem, agora estou esperando o Nakahara aparecer com essa garota aqui.

Claro, sair de casa é bom, ela pode ficar ainda pior se sentindo presa numa casa com homens. Saindo um pouco, ela pode sentir liberdade e talvez mais segurança.

Sendo esperto como sou, pedi para Atsushi trazer os amigos dele aqui, tendo duas garotas por perto pode ajudar, além deles serem jovens.

Pesquiso alguma receita de doce simples, para, de alguma forma, agradar a criança.

Decidi, por fim, fazer mochi, rezando para dar certo. Mas não tinha alguns ingredientes para recheios.

Então, esperei a campainha tocar, algo que não demorou muito, para só depois sair e comprar as coisas que faltavam.

—Sejam muito bem-vindos a minha humilde residência! –Cumprimento educado e sorridente, vendo Chuuya revirar os olhos e a garota ruiva ao seu lado abaixar ainda mais a cabeça. —Olá, me chamo Dazai Osamu, sou um amigo da época do colégio do Chuuya. –Me apresento, abaixando até ficar na mesma altura que a mais nova, que não ergueu o olhar para mim.

—Koda Aya. –Ela responde num tom baixo e hesitante, mantinha as próprias mãos entrelaçadas e usava um vestido curto e simples, de mangas compridas, cobrindo as pernas com uma meia-calça preta.

—Um belo nome Aya-chan, sinta-se a vontade para usar a televisão, tá? –Digo, deixando espaço para que ambos entrassem, fechando a porta em seguida.

—Posso assistir qualquer coisa? –Ela pergunta, ainda acuada.

—Claro, vou te mostrar como trocar de canal e como entrar nos streamings se você quiser. –Esclareço, guiando-a até a sala e ligando a televisão.

A ruiva preferiu um canal qualquer infantil, sentando no sofá de forma tímida, colocando as mãos sobre o colo e apertando o tecido do vestido, os olhos azuis refletindo seu nervosismo e medo.

Deixo Aya sozinha na sala e vou em direção a Chuuya, que se encontrava na cozinha, sentado em uma das cadeiras com a cabeça levemente pendida para trás.

—Ela é fofa, fico mal por ela ter passado por tanta coisa. –Comento, diminuindo sutilmente o tom de voz, para que Aya não pudesse ouvir.

—Pois é, fico irritado só de imaginar o que disseram e fizeram com ela. –Chuuya resmunga, suspirando e voltando a olhar para frente, onde eu estava sentado agora. —Espero que ela consiga se sentir a vontade, me sinto tão horrível quando ela treme perto de mim.

—Logo passa, ela vai perceber que você não é como os outros que ela já conheceu. –Garanto, apoiando minha bochecha em minha mão. —Aliás, pensei em fazer mochi pra ela, o que acha?

—Péssima ideia, ela vai passar mal se comer algo que você fez. –O mais baixo rebate sem pensar duas vezes, com sua "delicadeza" natural. —Me dá os ingredientes e eu mesmo faço.