Bom Nome

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ELE FICOU COMO UM LOBO.

Eu não lutei, não tentei dizer a ele para mudar de volta.

Ele me seguiu enquanto eu caminhava pela estrada de terra. 

Estava frio, mas o céu estava azul. 

A lua estava ficando mais gorda e eu podia sentir que me puxava. 

Era diferente aqui, neste lugar. 

Quando eu estava nas rodovias secretas, sempre parecia errado de alguma forma. 

Eu tinha cantado para todo o mundo ouvir, mas estava sozinho. 

Ninguém cantou de volta para mim, não importa o quanto eu desejasse. 

Parecia dor.

O cascalho rangeu sob meus pés enquanto eu deixei meus dedos percorrerem os troncos das árvores ao lado da estrada.

— Há uma história aqui, — eu disse a ele. 

Ele estava caminhando ao meu lado, pressionado contra o meu lado. 

Eu não o afastei. 

— É minha. — Então, — Ou talvez seja nosso. Talvez pertença a você tanto quanto pertence a mim. Você é um Kim.

Ele rosnou.

— Um nome é apenas um nome. — Eu gostaria de poder acreditar nisso. — Mas se não um Kim, então um Park. Ou quem quer que seja o povo que o recebeu. — Eu inalei profundamente, sugando os aromas do território. — Ou qualquer outra pessoa que você queira ser. Você poderia ser apenas Jimin. É um bom nome.

Ele inclinou a cabeça para mim, as orelhas tremendo. 

Achei que ele estava sorrindo.

Meu rosto ficou quente. 

— Calado. Apenas... aceite o elogio.

Sim, definitivamente sorrindo. 

Minha pele coçou.

Um pássaro alçou voo, chamando, chamando, chamando-me. 

Eu assisti enquanto ele voava para longe. 

— Estou tentando dizer que não importa. Você pode ser quem quiser. Jin ainda é um Kim porque quer mudar o significado do nome. Ainda sou um Jeon porque foi um presente do meu pai. — Eu olhei para o céu. — Mesmo que possa parecer uma maldição.

Ele pressionou seu nariz contra minha mão.

— Há um peso sobre nós, — eu disse a ele. — Mas não temos que carregá-lo sozinhos. Eu esqueci disso. Vou fazer o meu melhor para nunca mais deixar isso acontecer. Jessie diz que somos idiotas que se sacrificam. Ela tem razão. Somos obstinados. Cometemos erros. Mas é para isso que serve o bando. Para nos pegar de volta quando cairmos.

Ele inclinou a cabeça para o chão. 

Quando ele se levantou novamente, ele tinha uma pinha na boca. 

Ele cutucou minha mão até que eu a tirei dele.

Estava brilhando com sua saliva, e eu mal fiz uma careta. 

— Obrigado.

Ele disparou para a floresta. 

Eu o ouvi batendo no mato. 

Um tamborilar baixo emanou dele. 

Quase parecia felicidade, hesitante e leve. 

Eu continuei, sabendo que ele me seguiria.

Song of the Pack - Book 4 (Jikook)Onde histórias criam vida. Descubra agora