Feroz Como Um Ômega • LUCEMOND

Especial de 100k e de um ano

°Especial de 100k de Feroz como um ômega.
Fanfic ainda dentro do universo de Feroz como um ômega.
Teremos o ponto de vista do nosso Lucerys também.
Boa leitura!°

Tiktok: @nyra_15_

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Quando o amor de Aemond por Lucerys adormeceu.

Aquilo havia acontecido a mais ou menos doze anos atrás, mas mesmo tendo passado tantos anos, a dor da traição ainda era presente e massacrante.

Para Aemond o que mais doía era o fato de que Lucerys ter pensado que ele teria coragem de machucar a melhor amiga gravemente, doía como um inferno quando ele lembrava da forma que o mais novo o atacou. Aemond sabia muito bem que havia exagerado, mas ele nao aguentava mais todas as humilhações e brincadeiras maldosas do irmão, primas e sobrinhos, até mesmo Lucerys entrava naquilo, talvez na inocência, por isso o platinado nunca ficou chateado com ele, mas aquela maldita noite.

O Targaryen desde de muito novo tinha um pequeno conhecimento sobre sentimentos, isso na teoria graças a seus livros, então, desde de pequeno, desde que teve conhecimento sobre ômegas e alfas, Aemond teve em mente que teria Lucerys como seu esposo, que o garoto doce e inocente seria um ômega perfeito e que os dois poderiam governar Harrenhal, aquele era o plano inicial dele. Mas, quando foi atacado tão covardemente por sua pequena paixão, algo no peito do platinado estalou, como se algo houvesse trincado ali e ele sabia que era seu coração cheio do mais sincero amor por Lucerys.

No início ele culpou apenas Lucerys, sempre que se olhava no espelho e via aquela horrível cicatriz, ele culpava o sobrinho, Lucerys que o havia marcado tão horrivelmente, algo que não sumiria com o tempo, ficaria para o resto da vida em seu corpo, o fazendo lembrar sempre de Lucerys. Mas, com o passar do tempo ele começou a culpar Rhaena, ela que o traiu, foi ela quem quebrou a confiança do mesmo e riu às suas custas, então ele avançou sobre ela sem remorso algum, foi uma briga com direito a socos e puxões de cabelo, então Aemond se viu em vantagem com uma pedra em mãos, quando viu a gravidade daquilo tudo, ele pensou em soltar a pedra, mas em seguida sentiu a dor perfurante do punhal em seu olho.

Então, após aquela fatídica noite veio a punição para os dois, Aemond se viu sendo mandado para VilaVelha, ele odiou aquela ideia a princípio, mas com o passar dos meses ele ficou mais aliviado, está ali o livrava de todos os pensamentos e imagens da noite que foi machucado. Quando voltou para Porto Real com seus recém completos onze anos, Aemond ficou animado, estava em casa e a qualquer momento se revelaria alfa, mas então um balde de água fria foi jogado sobre seus sonhos e o pobre garoto se descobriu ômega, enquanto sofria com a dor e com os assédios dos alfas imundos, apenas um nome era gritado sem parar na mente do garoto e ele odiava como Lucerys novamente se mostrou o seu objeto de desejo.

Mas em meio a toda aquela mágoa e dor, era inevitável não lembrar dos momentos felizes que passou ao lado do garoto, era quase impossível não lembrar de Lucerys o seguindo para todos os lados dentro do castelo, a forma como ele sempre o procurava quando ficava com dúvida e até mesmo quando as noites eram pegas de surpresa por tempestades, o pequeno Strong sempre se enfiava nas cobertas do tio. Acabar com as lembranças que tinha de Lucerys foi algo difícil, mas com o passar dos meses ele conseguiu, mas havia apenas uma que ele não conseguia esquecer de forma alguma.

- Eu te amo, titio - foi o que Lucerys disse em mais uma noite de tempestade em que ele dividia a cama com o platinado.

- Ama? - Aemond perguntou com um leve sorriso olhando para o garoto.

- Uhum, muitao - sorri abrindo os braços exageradamente. - Quando eu ficar do tamanho do meu papai, quero casar com você.

- Comigo? - o platinado perguntou surpreso com aquilo e desacreditado que o garoto tinha o mesmo pensamento que o dele.

- Sim, porque eu te amo igual o tio Laenor ama o tio Joffrey.

Naquela noite a confissão pegou o Targaryen de surpresa, ele sabia que não deveria levar aquilo tão a sério, ainda mais levando em conta a idade do garoto, mas saber que o mesmo comparava o amor dele com o dos tios mais velhos, era algo que deixava o peito de Aemond quentinho.

- Mas se fomos alfas? - o mais velho perguntou apenas para ver até onde o conhecimento do sobrinho ia.

- Mamãe e papai são alfas - sorri dando de ombros. - Então tudo bem, só precisa que você me ame e que eu te ame também.

- Oh... - sorri e então beija a testa do garotinho. - Também te amo.

Aquelas palavras traziam para Aemond apenas dor depois de tudo que aconteceu entre eles, mas o mesmo sempre as carregou consigo, mesmo acreditando que talvez fosse algo dito por Lucerys apenas por ser criança. Quando os anos passaram, Aemond se dedicou tanto aos treinamentos que acabou esquecendo aquele sentimento adormecido que sentia por Lucerys, aquilo foi a melhor coisa para ele e para seu omega que não parava de chorar desesperadamente pelo garoto que havia se revelado alfa.

Mas então toda aquela história de casamento veio a tona e com ela Lucerys voltou para a vida do platinado, agora como um homem adulto, cheio de bagagem e como seu marido, tudo aquilo assustou Aemond como um inferno, no início ele pensou que fosse pelo fato de esta casando com seu agressor, mas então se deu conta que em meio a todo aquele medo que sentia, havia também os sentimentos adormecidos que tinha pelo Strong. Aemond tentou lutar contra aquilo bravamente, mas era algo inevitável, ele não tinha chance alguma contra aquele sentimento.

A ficha de Aemond só caiu completamente quando se entregou a primeira vez para Lucerys, foi ali que ele sentiu sua alma completa, Lucerys era uma extremidade do seu ser e o ter longe durante todos aqueles anos estava machucando o omega. Então, tão naturalmente, Aemond percebeu que mesmo tentando lutar contra aquilo, Lucerys sempre voltaria para ele, isso porque a alma dos dois foi escolhida pelos deuses para ser uma só, mas em corpos diferentes, tendo assim o amor deles abençoado pelos deuses e os que tentarem impedir isso terão o pior dos castigos existente no céu e terra.