Capítulo 04

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No meio da segunda semana, estou farto

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No meio da segunda semana, estou farto.

Decido não voltar à casa dele, pois acho que isso só serviria para irritá-lo. Ele pode pensar que vim apenas para mais sexo, e que provavelmente acabaria tentando transar com ele depois de tudo dito e feito.

Depois do inglês com o Sr. Powell, há mais um período antes do final das aulas. Para mim, é um curso de matemática. Para Powell, é um período de planejamento. Ele não tem nenhuma outra aula depois da minha. Ao ouvir o toque estridente da campainha, saio da aula sem fazer barulho, e ele respira tranquilo porque acredita que estarei ocupado na próxima aula. Exceto que eu não vou para minha próxima aula. Acampo no banheiro mais próximo da sala dele e espero a agitação nos corredores diminuir. Se meu palpite estiver correto, ele terá permanecido na sala de aula para encerrar o trabalho do dia. Ele também deve ter deixado a porta aberta, porque sou a única pessoa que ele está preocupado em invadir sua sala.

Estou certo em ambas as coisas, no fim das contas. Quando saio do banheiro, os corredores ficam sem vida. Vinte passos adiante no corredor, sua porta está escancarada. Aproximo-me silenciosamente, espiando pelo canto do batente para verificar se ele está atrás de sua mesa ou não. Ele está. Finalmente, chegou a minha hora. Entro pela porta, fecho-a, tranco e fecho a pequena cortina para cobrir a janela estreita. Sam se assusta com o som de sua porta fechando e posteriormente trancando, então franze a testa ferozmente ao me ver.

Ai.

Deixo cair minha bolsa no chão e me aproximo de sua mesa com intenção. 

— Você está realmente partindo meu coração, Sr. Powell. Você estava planejando me evitar assim até eu me formar?

— Sim. Isso é exatamente o que eu ia fazer — ele estala, levantando-se da cadeira. Ele passa por mim, em direção à porta. Eu o agarro pelo bíceps, com um pouco mais de força do que pretendia, mas ele não me deixa quase escolha alguma a não ser segurá-lo fisicamente neste momento.

— Então não fique tão surpreso quando eu tiver que recorrer a uma merda como essa — respondo.

Ele olha para mim, mas não faz nenhum movimento para se livrar do meu aperto. Provavelmente porque ele sabe, tanto quanto eu, que não conseguiria — e seria constrangedor tentar e falhar. 

— Me deixe ir, Dean.

— Você vai falar comigo?

— Eu não preciso fazer isso! — Ele exclama, ficando cada vez mais agitado — o que diabos você quer de mim? Você não está satisfeito? Você não pode… continuar fazendo isso! Se eu tivesse mantido a mesma rotina, eu sei que você estaria ainda mais em cima de mim. Isso não deve acontecer. Não é bom para nenhum de nós, você não entende?

Como um respingo de óleo brilhando em uma frigideira quente, a raiva surge em meu peito e no fundo da minha garganta. Eu o puxo em minha direção, ficando de frente para seu rosto. Devo parecer tão chateado quanto estou, porque ele recua, com medo. 

Como um nerdOnde histórias criam vida. Descubra agora