TW: este capítulo contém cenas descritivas de tentativa de assassinato.
O motorista do Uber do Dean veio me salvar…? Isso é que é ir além.
— Puta… puta merda, cara. Você está…! — Rishad faz uma pausa para lançar um olhar nervoso por cima do ombro. Algo está acontecendo lá fora. Pela expressão dele, algo terrível. Posso ouvir, mas é impossível decifrar apenas pelo som. — Sam, ah, você consegue… se mover?
— Acho… que sim. — Digo, indo em sua direção. Ele se encolhe de alívio, e um sorriso cauteloso treme em seu rosto. Embora desapareça rapidamente após outro lamento estrangulado e desumano.
— Você… você precisa pará-lo, por favor! Sei que é pedir muito agora, mas…
Agarrando os ombros de Rishad para me apoiar, eu tropeço para fora do banco de trás. Minhas roupas grudam na minha pele, encharcadas em segundos. Está escuro, e agora só há um outro carro no estacionamento. Os faróis são como holofotes teatrais apontados na direção geral do meu carro, e a chuva pega em seu facho como agulhas longas e piscantes. As portas estão abertas, mas é tudo o que consigo fazer do outro veículo. No chão, a alguns passos do meio-fio de cimento, a cena horripilante iluminada pelos faróis de Rishad limpa qualquer teia de aranha do meu cérebro.
Alguém que só pode ser Matt está deitado de costas e alguém que só pode ser Dean está carregando todo seu peso considerável pelos quadris de Matt para impedi-lo de se virar. Ele está batendo diretamente em seu rosto. Sua mão esquerda está apertada em volta da garganta de Matt, e seu cotovelo direito se inclina para trás rápida e repetidamente. Dean lança seu punho para baixo como um projétil de um barril. Com velocidade, força e intenção mortal. Não consigo ver seu rosto, apenas uma lasca de seu perfil. Sua expressão é um mistério, mas ninguém precisa ler seu rosto para avaliar seu temperamento atual. Suas intenções são óbvias.
Ele não vai parar até que Matt pare: de se mover, de respirar, de viver.
Não sei quanto tempo fico sob o dilúvio congelante, apenas observando. Encharcado até os ossos, sangue seco chacoalhando em minhas narinas, um buraco aberto em meu estômago. Geralmente, não acredito em pena de morte. Para os crimes mais hediondos, uma morte indolor em uma sala estéril é gentil demais. Para os crimes menos graves, acredito que todos devem ter uma chance justa de reabilitação. Agora, minha moral e convicções são pouco mais do que cartas de papel empilhadas, e estão desmoronando sob meus pés. Perdi o acesso a qualquer coisa “superior” que: estradas, cavalos, terras.
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Como um nerd
RomanceLGBT || CONTEÚDO ADULTO || HOT Dean, o charmoso astro do futebol americano de uma cidadezinha em Illinois, tem o mundo a seus pés. Com sua aparência mais do que atraente e talento natural, ele está acostumado a ser o centro das atenções e a conquist...