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— Vamos lá, pretinha, mostra pra esses marmanjos que você não veio para brincar! — ouvi a voz de Tej pelo megafone, e sorri enquanto acelerava ainda mais o jet ski.

Nos últimos meses, eu havia começado a participar de rachas organizados pelo Tej. Era ele, junto com Suki, Brian e Roman, quem mais me ensinava os macetes. Desde a última missão, estávamos tranquilos em Miami, curtindo a calmaria que há muito tempo não tínhamos.

— É DISSO QUE EU TÔ FALANDO, SENHORAS E SENHORES! — Tej gritou no megafone assim que cruzei a linha de chegada em primeiro lugar.

Estacionei o jet ski próximo ao pier, onde Suki e Tej me aguardavam com sorrisos de aprovação.

— Arrasou, little bullet! — Suki veio correndo e me puxou para um abraço caloroso.

— Você é uma ótima professora, amiga! — elogiei, dando crédito a ela por ter paciência para me ensinar.

— Parabéns, gatinha! — Tej se aproximou, sorrindo enquanto recolhia o dinheiro das apostas. Ele me puxou para um beijo antes de sussurrar em meu ouvido: — O presente pela vitória eu te dou mais tarde.

Senti um arrepio percorrer minha espinha e sorri de canto.

— É mesmo, é? — provoquei.

Minha atenção, porém, se desviou ao notar uma silhueta familiar à distância. Um loiro, mochila nas costas, caminhava para fora da garagem.

— Brian? — murmurei, confusa, antes de correr em sua direção.

— Calma aí, Summer! — ouvi Jimmy protestar quando, sem querer, derrubei uma de suas maletas de ferramentas no caminho.

O loiro deixou sua mochila cair no chão, abaixando a cabeça como se tentasse se esconder.

— Você ia embora sem se despedir? — minha voz saiu embargada pela surpresa e pela mágoa.

Suki e Tej apareceram logo atrás de mim, mas tudo o que eu via era o meu irmão.

— Eu não queria te ver chorar, Sum. — a voz dele estava baixa, trêmula. Quando finalmente se virou para mim, abriu os braços.

Corri e me refugiei naquele abraço que sempre foi meu porto seguro.

— Não vai, por favor... — pedi, e as lágrimas que tanto tentei segurar finalmente caíram.

— Eu preciso. — Brian segurou meu rosto com delicadeza, olhando nos meus olhos enquanto sua voz tentava soar firme. — Prometo mandar mensagem todos os dias, para você saber que estou bem.

Eu balancei a cabeça, mesmo sem querer aceitar aquelas palavras. Brian era minha única família de sangue, e a ideia de vê-lo partir me devastava.

— Você vai ficar bem. Olha com quem você vai ficar. — ele apontou para Suki, Tej, Roman e Jimmy, que nos observavam de longe. — Eles também são sua família. Pessoas de confiança.

Os carinhos que ele fazia no meu cabelo ajudaram a aliviar um pouco a dor.

— Eu te amo, tá? Não esquece disso. — ele sorriu, mesmo com os olhos marejados.

— Eu também te amo... Não me esquece.

Os outros se aproximaram para se despedir, mas antes, Brian lançou um olhar sério para Tej.

— Você. — apontou para ele. — Se magoar, trair ou maltratar minha irmã, pode se considerar morto.

— Relaxa, parceiro. Ela me mataria antes de você! — Tej respondeu, arrancando risos de todos.

Quando Brian finalmente pegou sua mochila e foi embora, senti um vazio no peito que parecia impossível de preencher.

🏁

Algumas semanas depois, eu já estava lidando melhor com a ausência dele. Como prometido, Brian me mandava mensagens todos os dias.

Mesmo um ano depois.

— Bom dia, gatinha! — Suki cumprimentou, passando pela cozinha com o cabelo preso em um coque bagunçado.

— Bom dia, Suki. — murmurei, mexendo na minha xícara de café.

— Bom dia, pretinha! — Tej apareceu, deixando um beijo rápido em minha bochecha antes de sair pela porta.

Suki me olhou atentamente e arqueou a sobrancelha.

— Tá tudo bem?

— Brian não mandou mensagem ontem. Nem hoje. — suspirei, cruzando os braços sobre a bancada.

— Fica tranquila, little bullet. Estamos falando do Brian. Ele tá bem, com certeza. — tentou me acalmar enquanto abria a geladeira.

Antes que eu pudesse responder, meu celular tocou, vibrando sobre a bancada.

O nome dele apareceu no visor, e senti um alívio imediato ao atender.

— Graças a Deus! Eu já tava preocupada.

— Relaxa, Summer, tá tudo bem. — a voz dele parecia firme, mas ao fundo, havia barulhos de movimentação. — Eu preciso de você para um trabalho.

Franzi o cenho, desconfiada.

— Que tipo de trabalho, Brian?

— Do tipo muito grande. — fez uma pausa. — Preciso de você e do Tej... no Brasil.

— Brasil? — minha voz saiu mais alta do que eu pretendia.

— Precisamos de vocês aqui até quarta-feira. Por favor.

Suspirei, cansada.

— Tudo bem. Manda a localização.

Desliguei e coloquei o celular de volta na bancada, apoiando a cabeça entre as mãos.

— Brasil? — Suki repetiu, surpresa.

— Ele precisa de mim e do Tej lá até quarta. — murmurei, tentando digerir a informação.

— Hora da nossa despedida, então. — Suki sorriu de forma triste, e eu segurei as lágrimas.

— Hora da despedida, gatinha.

Tej entrou no barco naquele momento, o celular ainda na mão.

— Brian te ligou?

Apenas balancei a cabeça, afirmando.

Brasil, lá vamos nós.

🏁

a:

alguém aqui veio pelo Tiktok? 👀
postei um edit de um capítulo hoje lá e estourou 6k de visualizações, estou passada!!!!

sejam muito bem vindos a essa bagunça que eu chamo de lar 🤍

fiquem a vontade para comentar o que acharam, ok? amo essa interação 😔🤍

vote nos capítulos, por favorzinho!!!

MINA RALÉ - TEJ PARKER Onde histórias criam vida. Descubra agora