Capítulo XX

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Mikaela Evans⭐

Dormir realmente não estava nos planos dele. E parecia que essa necessidade ele controlava muito bem. A julgar por essa, nenhuma noite seria igual e nem menos agitada. O homem era inesgotável.

Ethan me manteve acordada com uma performance de fazer inveja ao próprio Dom Juan. Suas carícias despertaram minha libido de uma forma que eu nunca havia experimentado.
Houve momentos de silêncio onde nos permitimos explorar nossos corpos com a ponta dos dedos ou entrelaçar nossas mãos, rindo sem motivo definido, apenas por estarmos ali. Vivendo um hiatus da vida real. Aproveitando a calmaria antes do tsunami que recuou no horizonte, mas que estava prestes a nos alcançar.

Brincadeiras inocentes se tornavam ousadas e nos conduziam de volta para a paixão avassaladora que precisava ser saciada. Momentos em que fomos guiados apenas por nossa respiração, entrecortada por sussurros incompreensíveis para o mundo exterior.

Eu me sentia absolutamente arrebatada quando via a máxima expressão do prazer na sua face. Os olhos fechados, lábios semi abertos em busca de ar, veias saltadas no pescoço e o corpo teso, pressionando o meu até alcançar o êxtase.

Ethan é intenso e seu toque firme me enlouquece. Ele não é rápido ou afoito, gosta de me ver sentir prazer e busca meus olhos e minhas reações para descobrir o que eu gosto, o que me deixa ensandecida. E a lista é grande, pois ele tem o talento de um amante experiente que faz cada gesto e palavra parecerem unicamente para mim.

A voracidade em me possuir revela o receio de que eu possa escapar dos seus braços a qualquer instante. Como se tivesse se controlado por tanto tempo e agora o perdesse completamente quando está em mim. Eu gosto desse poder que tenho sobre ele. Como o meu olhar o seduz. Como o meu corpo o excita e como meu prazer o satisfaz.

É tão fácil deitar no seu peito e esperar a sensação de saciedade se esvair aos poucos, até começar tudo de novo.

E se dessa vez fosse para sempre?

Afastei essa idéia que não poderia ser mais do que uma ilusão. Na atual circunstância, era totalmente impossível que o nosso caso não passasse de uma irresistível atração sexual.

Adormecer entre seus braços era aconchegante, porém tornava-se uma armadilha se assim ele o quisesse. Todas as tentativas de sair daquele abraço foram em vão. Fiz um último movimento e fui imobilizada pelo peso da sua perna sobre a parte inferior do meu corpo.

- Tá tentando fugir de mim.
Acusou com a voz rouca ao meu ouvido.

- Só vou até a cozinha fazer nosso café.

- Eu decido o que comer de manhã.

Fingi não me abalar com a proximidade da sua potente e incansável masculinidade quando ele puxou meu corpo de volta ao seu casulo de braços e pernas.

- Pensei em te deixar descansando um pouco mais.

- Descansar pra quê?

- Ethan, nós parecemos coelhos...

- Coelhos?? Nada de coelhos fofinhos. A gente parece um casal de leopardos famintos. Eu phodo como um leão e você é minha leoa faminta.

Eu gargalhei, mas não podia negar que era verdade. Passamos a noite alternando cochilos e arroubos de pura luxúria como duas feras insaciáveis. Bastava sentir o calor, o roçar da pele e a respiração do outro para o nosso fogo reacender. Ousado em suas carícias, quanto mais me deixava excitada pedindo por ele, mas prazer sentia.

- A gente pode tomar uma ducha e depois o café. - sugestionou.

- Você não tem que ir pra Agência?

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