Estágio 5: Aceitação. Ou não.

158 25 6
                                    

Minha mãe e eu estamos em casa ainda. Eu parei a faculdade, Vitória está trabalhando no restaurante cobrindo meu lugar, e Henry me liga todo dia.

Bill, Tom, Georg e Gustav não saem do meu lado nem por um minuto, e eu não saia de casa pra nada.

Eu só queria ficar perto da minha mãe, e chorar em seu abraço. Tudo naquela casa lembrava meu pai, e eu não queria lembrar dele daquela forma.

O luto dói muito, e eu não estou pronta pro luto. Desculpa pai, por não estar perto do senhor quando tudo aconteceu. Eu não pude nem me despedir do senhor.

Me perdoa. Mas eu queria estar ao seu lado agora. Sentir tua mão no meu cabelo, e escutar seus conselhos oras fases difíceis da vida. Você foi e sempre será a melhor pessoa que tive.

Sempre estando por perto, me apoiando, me fazendo rir, me cobrindo, e me protegendo. Isso é um pai!

Eu te amo pai, de onde você tiver agora!Não se esqueça, sua filha sempre estará aqui por você, e pela mamãe. Ela está muito mal, quase enlouquecendo e está devastada por tudo isso. Ela precisa de mim.

Esses dias peguei ela falando sozinha, e talvez tenhamos que mandar ela pra um asilo, ou algo do tipo, pra ela ser cuidada. Eu não consigo cuidar dela, estando ferida também. Entende?

Bill deu a ideia de fecharmos o restaurante por um tempo, pra cuidarmos de nós duas. Mas o senhor não iria querer jamais.

Então está todo mundo agora lá, cuidando do restaurante, e abrindo as portas prós clientes todo santo dia.

Estágio 4 do luto: Depressão.

Um mês sem o senhor. E tem sido o pior da minha vida.- Ka? Você está bem? - Bill diz acariciando minha cabeça.

Karina: Estou.

Lágrimas e mais lágrimas voltam a cair.

Bill: Eu tô aqui amor, pode chorar.

Eu a abraço, e fico horas ali em seu abraço. Quando crio forças, vou até o banheiro tomar outro banho.

Paro por um segundo pra pegar no celular, e tem um milhão de mensagens de familiares e amigos da família. Mas nesse momento não conseguia responder ninguém.

Entro no painel de notícias, e leio o noticiário de que Tokiohotel vai parar as produções até julho.

- Bill o que é isso? - Digo indo até ele na cozinha, enquanto lavava a louça. - Você parou com a Tokiohotel?

Bill: Eu preciso cuidar você...
*Ele diz cabisbaixo*

Karina: O que? Não! Você não pode fazer isso com sua carreira! É a sua vida e a dos meninos. Não pode parar por isso.
*Digo indignada*

- Não interessa. - Ele diz secando a mão no pano de prato.

Karina: Importa si-

Ele me interrompe, e diz:

- Não interessa! Eu cuido de você, nem que isso custe a minha carreira. Ok? Não falamos mais sobre isso.

Fico pensativa o resto do dia. Eu vou destruir a carreira do meu namorado? Eu não posso fazer isso.

Mais um mês se passou, estamos em maio. E eu permaneço numa depressão profunda.

- Mãe? Você tá aí? - Digo entrando em seu quarto, totalmente escuro.

Forever Now - Bill Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora