𝘀𝗮𝗹𝗮̃𝗼 𝗲 𝗯𝗿𝗲𝗰𝗵𝗼́.

1K 101 40
                                    

"ᵐᵉ ʲᵘⁿᵗᵃʳⁱᵃ ᵖʳᵃ ᵗᵉ ᵃᵐᵃʳ
ⁿᵒˢ ˢᵉᵘˢ ᶜᵃᵇᵉˡᵒˢ ᵐᵉ ᵉⁿʳᵒˡᵃʳ
ᵐᵃⁱˢ ᵉⁿʳᵒˡᵃᵈᵒ ᵠᵘᵉ ᵉᵘ ʲᵃ́ ᵗᵒ̂
ⁿᵉˢˢᵉ ᵐᵒᵐᵉⁿᵗᵒ."
- Imprevisto, Yago Oproprio






PRIMEIRO ACHO QUE estou sonhando.

Me sinto consciente, embora meus olhos estivessem pesados demais para serem abertos e eu estar mais lesada que o normal. Tenho certeza que uma luz quente está tá minha cara.

Sinto também um leve peso em cima da minha cabeça.

Estou apoiada em algo não exatamente fofinho, mas quentinho. Um cheiro bom meio amadeirado invade minhas narinas. Um aperto leve envolvia a minha cintura como se fosse um bicho-preguiça.

Que porra tá acontecendo? - é o meu primeiro pensamento.

Mas apesar de existir uma dor na coluna no meu corpo, eu não ouso me mexer ou tentar abrir o olho. Aquela posição era estranhamente confortável, e eu tinha plena certeza de que era um sonho.

E pra quem não tava tendo sonhos muito bons ultimamente, eu resolvi aproveitar aquele.

Não sei quanto tempo exatamente fico praticamente meditando naquela posição. Meio lúcida, meio inconsciente. Só sei que ouço um leve arquejo e alguém sufocando uma risada de repente.

Que sonho maluco.

Só aí que as memórias começam a vir.

BDA 7 anos. Expulsa de casa. Mansão da Aldeia. Dormir. Acordar. Beber água.

Guri.

Guri era o final do caminho, e eu entendo tarde demais.

— 1, 2, 3 e... - Ouço alguém sussurrar.

Abro os olhos lentamente, com a luz alaranjada do sol na minha cara e encontro o total de 6 patetas no total: Bob, Alva, Brennuz, Barreto, Maria e Mikezin com um sorriso maroto na minha frente.

Eles começam a gritar como loucos.

— MEU PINTINHO AMARELIIIINHO, CABE AQUI NA MINHA MÃO, NA MINHA MÃO...

E começam a dançar como loucos.

A "coisa" que eu estava apoiada começa a se mexer.

— Que...? - ouço a voz rouca de sono de Guri, completamente confuso.

O peso na minha cabeça se dissipa e o aperto na minha cintura se desenrosca.

Quase fico triste, mas estranho o pensamento.

Levanto a minha cabeça e junto as sobrancelhas.

— BOM DIA CASAL! - Barreto fala, com um sorriso de orelha a orelha no rosto.

Quase engasgo.

— Que?

— Cêis nem disfarçam né seus sem-vergonha. Tão dormindo sentados, agarrados na COZINHA? - Mikezin responde.

𝘀𝗼𝗯𝗿𝗲 𝗮𝗺𝗼𝗿 - 𝗴𝘂𝗿𝗶 𝗺𝗰Onde histórias criam vida. Descubra agora