"ᵛᵃᵐᵒ ᵈᵉˢᵉⁿʰᵃⁿᵈᵒ ᵒˢ ᵖˡᵃⁿᵒ, ᵈᵉⁱˣᵃⁿᵈᵒ ᵒˢ ᵐᵘʳᵒ ᵖⁱˣᵃᵈᵒ
ᵐᵉⁿᵗᵉˢ ᵃˡᵉ́ᵐ ᵈᵃ ᶜᵒᵐᵖʳᵉᵉⁿˢᵃ̃ᵒ
ᵖᵉ́ ⁿᵃ ᵖᵒʳᵗᵃ ᵉ́ ᵉˣᵖʳᵉˢˢᵃ̃ᵒ ᵖʳᵃ ᵛᵃˡᵉʳ ᵃ ᵛⁱⁿᵈᵃ"
- Libertários Não Morrem, Filipe Ret.SE PASSARAM DUAS semanas depois de eu ganhar a primeira Norte depois da minha volta.
Duas semanas.
Nem parecia.
Essa semana já ia rolar a BDA 7 anos. Um dos eventos mais esperados do ano e eu nem vi o tempo passar.
Depois daquela batalha, tomei coragem pra voltar oficialmente a rimar. Ganhei uma Aldeia e outras duas Nortes, o que era bem impressionante. Mais do que eu achava que era capaz, com certeza.
As minhas batalhas começaram a tomar bastante visibilidade. A internet do mundo das batalhas falava muito da "volta da Atena".
Não podia falar que não estava feliz. As pessoas da plateia das batalhas queriam vir falar comigo, principalmente da Norte. Começaram a me chamar de "princesinha da Norte", o que era bem melhor do que os apelidos que me deram no passado. Não vi mais nenhum comentário negativo contra mim.
Por mais que eu tivesse ficado com raiva do Guri por ter colocado o meu nome no sorteio, não podia deixar de ser grata internamente.
Mas ainda tinha um problema. Meu pai.
Eu tinha que dobrar as folhinhas que eu recebia por ganhar, pra caber dentro da mochila, e guardava em uma gaveta do meu quarto. A minha vontade era expor aqueles cartazes em todas as paredes da casa.
E mais cedo ou mais tarde, ia começar a parecer suspeito eu sair toda semana de noite.
Respiro fundo pensando em como falar pra ele. Eram 16:00. Tudo era tão mais fácil quando eu era criança. Meu pai parecia gostar tão mais de mim.
Mordo o lábio pensando em como eu resolvia os meus "problemas" naquela época.
Uma ideia me vêm à mente.
Escrevendo uma carta. Era assim que eu contava as coisas pros meus pais quando não tinha coragem de falar na cara.
Pego um papel e uma caneta, e começo a escrever.
"Pai.
Sei que é meio aleatório eu estar escrevendo essa carta do nada para você, e peço que o senhor leia até o final antes de me julgar.
Eu sempre fui muito apaixonada pela cultura do hip hop. Ultimamente eu estava me sentindo exaurida pela faculdade, exaurida pela minha própria vida.
Eu voltei para as batalhas. Eu voltei a rimar.
Mas é diferente agora, eu juro. Ninguém me odeia, ninguém faz nada contra mim, e é um modo que eu encontrei de me expressar, pai.
Eu te amo muito, e a minha intenção nunca foi mentir pra você, mas eu sabia que talvez a sua reação não seria a das melhores. Por isso, estou te contando através dessa carta, pra que a gente possa chegar em um acordo em que ambos fiquemos satisfeitos e felizes.
Não culpe a mamãe por nada também. Ela não sabe de nada.
Por favor, tente me entender.
Eu te amo.
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𝘀𝗼𝗯𝗿𝗲 𝗮𝗺𝗼𝗿 - 𝗴𝘂𝗿𝗶 𝗺𝗰
FanfictionAMOR, AMOR, AMOR. Atena sempre gostou da ideia do amor. Ela gostava das coisas que fazia que envolviam o amor. Ela sempre foi apaixonada por arte no geral, mas se encontrou verdadeiramente nas batalhas de rima. Mesmo que seu pai desaprovasse, mesmo...