𝗶𝗻𝘀𝗼̂𝗻𝗶𝗮 𝗱𝗲 𝘃𝗶𝘇𝗶𝗻𝗵𝗮𝗻𝗰̧𝗮.

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"ᵗᵘᵃ ᵛᵒᶻ ᵖʳᵒᶜᵘʳᵃ
ᵖᵒʳ ˢᵒ́ⁱˢ ᵠᵘᵉ ᵘⁿᵃᵐ ⁿᵒ́ˢ ᵈᵒⁱˢ
ᵈᵉⁱˣᵃ ᵖʳᵃ ˡᵃ́ ᵃᵖᵃᵗⁱᵃ
ᵛᵉᵐ ᵈᵃⁿᶜ̧ᵃʳ ᵉᵘᶠᵒʳⁱᵃ
ᵖʳᵃ ᵃᵐᵃʳ ᵐᵉ ᶜᵒⁿᵛⁱᵈᵃ
ˢᵘˢˢᵘʳʳᵃ ᵉ ᵃʳʳᵉᵖⁱᵃ
ᵛᵉᵐ ᵖʳᵃ ᶜᵘʳᵃʳ ᵈⁱˢᶠᵒʳⁱᵃ"
Constelações, IVYSON e Gabi Farias.



ASSIM QUE EU saio do edifício da Vents vejo uma mensagem da minha mãe:

"Filha."

"Me encontra na cafeteria Três Amores
Aquela que a gente ia quando você era menor."

"Tenho boa notícias."

Sorrio com a mensagem, e falo pros meninos que preciso ir.

— Devolvo sua camisa amanhã, pode ser? - falo pro Guri.

Ele sorri e revira os olhos.

— Beleza. Ficou melhor em você de qualquer jeito.

Sorrio de volta. Cada palavra que saia da boca dele parecia conter uma magia hipnotizante. Até ser quebrado por uma vozinha irritante do além:

— Tá, tá. Já entendi que eu sou a grande vela, agora vai ver a sua mãe Atena. - Barreto fala, me empurrando. Mostro a língua pra ele e começo a caminhar na direção oposta.

Foi uma caminhada de mais ou menos 15 minutos até chegar na cafeteria. O cheiro de doces e café me enfeitiça, e eu aviso minha mãe em uma mesa. Franzo o cenho e começo a rir, porque tinha literalmente uma mala do lado da mesa dela.

Sempre admirei minha mãe. Quando eu fosse mãe, eu queria ser igual a ela. Ela tinha uma elegância natural, se mexia como se estivesse quase dançando balé.

Ela me vê e um sorriso se forma.

— Filha! Que saudades! - ela disse, me abraçando. Nós nos sentamos, e ela vê o olhar que eu dirijo a mala e diz:

— Ah, sim. Eu trouxe quase todas as suas roupas aqui. Tem mais umas coisinhas também que eu acho que você iria querer de volta. Mas enfim, e aí? Como foi com os meninos?

Franzo o cenho e rio.

— Então... - comprimo os lábios. - nós nos beijamos. - digo, e ela comemora, batendo palminhas alegres. Parecia quase tão feliz quanto eu.

— E...? - ela fala, em um tom sugestivo, e eu arregalo os olhos.

— E nada, mãe. Nós só nos beijamos. - digo, rindo. Ela revira os olhos.

— Tudo bem. Um passo de cada vez. - ela fala.

Nós conversamos de tudo e nada ao mesmo tempo. Eu tinha me esquecido do qual bom era conversar a com a minha mãe. Ela era a minha melhor amiga, e sempre tinha os melhores conselhos.

— Onde você tá morando? - ela pergunta.

— Na Mansão da Aldeia. É onde você me levou aquela vez. - falo, e ela assente.

— Imaginei. Olha... eu passei um tempo refletindo depois que você foi embora. E me veio na cabeça que eu tenho um amigo que mora por aqui também. Me encontrei com ele ontem, antes da BDA. Mas ele foi viajar a trabalho, hoje de manhã. Vai demorar pra ele voltar, mas ele deixou a chave do apartamento dele comigo, depois que eu contei toda a situação. Disse que você pode ficar por lá enquanto ele não volta, desde que não faça muita bagunça. - ela fala, calmamente.

𝘀𝗼𝗯𝗿𝗲 𝗮𝗺𝗼𝗿 - 𝗴𝘂𝗿𝗶 𝗺𝗰Onde histórias criam vida. Descubra agora