𝗮 𝗻𝗼𝗶𝘁𝗲 𝗾𝘂𝗲 𝗲𝘂 𝘁𝗲 𝗲𝗻𝘁𝗲𝗻𝗱𝗶.

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"ᵈᵒ ᵗᵉᵘ ˡᵃᵈᵒ
ᵉᵘ ᵐᵉ ˢⁱⁿᵗᵒ ᵗʳᵃⁿᵠᵘⁱˡᵃ
ᵃ̀ˢ ᵛᵉᶻᵉˢ ᵐᵉ ᵃˢˢᵘˢᵗᵃ
ᵉˢˢᵉ ᵃᵐᵒʳ ᵃᵛᵃˢˢᵃˡᵃᵈᵒʳ
ᵛᵒᶜᵉ̂ ᵉ́ ᵃˡᵍᵒ
ᵠᵘᵉ ʰᵃ́ ᵐᵘⁱᵗᵒ ᵗᵉᵐᵖᵒ ᵉᵘ ⁿᵃ̃ᵒ ᵛⁱᵃ
ʰᵃ́ ᵐᵘⁱᵗᵒ ᵗᵉᵐᵖᵒ ᵉᵘ ⁿᵃ̃ᵒ ᵗⁱⁿʰᵃ
ᶜᵘⁱᵈᵃᵈᵒ ᵠᵘᵉ ʳᵉᶜᵉ́ᵐ-ᶜᵘʳᵒᵘ."

Iguaria, Luísa Sonza.


QUANDO VOLTAMOS PRO camarim, Levinsk é a primeira pessoa que me para e me abraça.

— Caralho garota, eu te falei. Cê brilhou.

Sorrio pra mulher na minha frente. Ela tinha sido eliminada, mas mesmo assim, continuava feliz por mim.

— Brigada, Lêlê. Nada seria possível sem você.

— TÁ DE BRINCADEIRA, ATENA? QUE QUE FOI AQUILO DO CÉSAR? - Vejo Jota disparando em minha direção, berrando. Se eu não conhecesse ele, provavelmente me assustaria e acharia que era um maníaco.

Mas como é o Jota, eu só rio.

— MALUCO, CÊIS TRÊS BRILHARAM, NA MORAL. - ele fala, balançando cada um de nós.

Bask também se levanta e meu olhar vai até ele.

— Todo mundo se levantou na parte da carochinha. Juro, parecia que tinham soltado fogos no ano novo.

Coloco as mãos no rosto, sentindo ele esquentar. Eu tava sorrindo tanto que minhas bochechas doíam.

Como é possível dançar entre extremos de emoções em uma noite só?

— Brigada, gente. Sério. Brigada. - falo, e me sento no sofá, vendo a próxima batalha ser anunciada.

Barreto senta ao meu lado, radiante, e Guri senta do lado dele.

Mas não consigo prestar atenção no telão. Mimha mente corre pro lugar que ela sempre ia quando acontecia qualquer coisa. Seja boa ou ruim, eu sempre contava as notícias pra minha mãe, e eu sinto o mesmo impulso.

— Perae gente, só vou mandar uma mensagem. - digo, e vou pra perto da janela, onde as luzes da cidade pareciam vagalumes em meio a escuridão.

"Mãe.

Foi hoje. Deu certo.
Tá dando certo, na verdade.

É complicado de explicar, mas um
dia eu vou te mostrar."

Mando mensagem, e desligo o celular. Respiro fundo, vendo a noite lá fora. Absorvendo os gritos, as palavras que soltei, os sorrisos que escaparam de meus lábios.

Até que vejo um outro reflexo na janela, e pulo de susto.

— Eu me pergunto por quanto tempo que a gente vai ficar nesse jogo de dar susto um no outro. - Guri fala, e eu rio.

— Eu ainda vou te vencer, cê vai ver.

Ele sorri de volta, e fala:

— Só queria te falar que eu tô muito feliz por cê ter concordado com essa parada. Sério, independente se a gente ganhar ou não, o nosso trio já é uma vitória. - ele fala, me dando aqueles olhos tão escuros quanto a noite que eu tava vendo lá fora.

Analiso o seu rosto sem nem perceber. O microdermal brilhava. O rosto era munido com um sorriso de canto, que fazia marcas na lateral de sua bochecha. Meus olhos se desviam completamente e involuntariamente pra sua boca, que estava avermelhada. Mas é por milissegundos, até eu me recobrar de meus próprios sentidos.

𝘀𝗼𝗯𝗿𝗲 𝗮𝗺𝗼𝗿 - 𝗴𝘂𝗿𝗶 𝗺𝗰Onde histórias criam vida. Descubra agora