𝗮𝗽𝗮𝗿𝘁𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗱𝗼 𝗯𝗮𝗿𝗿𝗼 𝗲 𝗱𝗼 𝗴𝘂𝗿𝗶.

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"ᵉᵘ ᵖᵉⁿˢᵉⁱ ᵠᵘᵉ ˢᵒ́ ᵗᵃᵛᵃ ᵃˡⁱᵐᵉⁿᵗᵃⁿᵈᵒ
ᵘᵐᵃ ˡᵒᵘᶜᵘʳᵃ ᵈᵃ ᵐⁱⁿʰᵃ ᶜᵃᵇᵉᶜ̧ᵃ
ᵐᵃˢ ᵠᵘᵃⁿᵈᵒ ᵒᵘᵛⁱ ᵃ ˢᵘᵃ ᵛᵒᶻ
ʳᵉˢᵖⁱʳᵉⁱ ᵃˡⁱᵛⁱᵃᵈᵒ
ᵗᵃⁿᵗᵒ ᵃᵐᵒʳ ᵍᵘᵃʳᵈᵃᵈᵒ ᵗᵃⁿᵗᵒ ᵗᵉᵐᵖᵒ
ᵃ ᵍᵉⁿᵗᵉ ˢᵉ ᵖʳᵉⁿᵈᵉⁿᵈᵒ ᵃ ᵗᵒᵃ."
-

Medo Bobo, Rubel.



....GURI POINT OF VIEW....

TERMINO O DISCURSO, olhando pra Atena. Aqueles olhos castanhos estavam mais escuros que o normal. Ela me olhava como se eu fosse a última coisa viva no ambiente.

Sempre estive consciente da beleza dela. Acredito que todos nós que temos o privilégio da visão estivemos. Mas agora, ela tava fora do normal. Eu não tinha mentido quando falei que ela era a própria poesia.

O cabelo solto ao redor dela como uma aura, o olhar fixo no meu como nunca esteve, a boca avermelhada um pouco entreaberta, e as lágrimas pareciam mais diamantes esculpidos em seu rosto.

Ela tinha saído de um quadro.

Mas ao mesmo tempo ela era tão viva. A imagem dela parecia pulsar sobre meus olhos. Ela não era só bonita, ela sugava toda a vida do lugar pra ela. A infinidade de pessoas na plateia não se equiparava a toda cor, a toda energia que ela tinha em si.

Ela pisca fortemente, ainda olhando pra mim, e depois desvia o olhar. As coisas ao meu redor voltam a ficar claras, mas ainda sim, eu quase lamento.

O resto da noite foi dedicado ao Neo, Jotapê e Big Mike. Tento focar nisso. Tento focar na vitória dos meus amigos em vez da Victória ao meu lado.

....ATENA'S POINT OF VIEW....

EU TENTO FOCAR na vitória dos amigos em vez dos meus sentimentos conflitantes pelo cara que supostamente deveria ser meu melhor amigo.

Depois da festança e choradeira que foi no palco, todos saímos do octógono pra falar com os fãs. Eu tava morta, cansada, confusa e suspeitando seriamente de um tipo de loucura diagnosticado como amor.

Eu sabia que eu amava João Lucas de algum jeito. Sempre soube disso, nunca foi uma questão a ser discutida. Eu só não esperava que eu iria amá-lo de uma forma... bem, romântica.

Mas ali não era hora nem lugar pra pensar nisso.

Quando saímos, uma multidão vem em cima da gente.

Tiro fotos, dou autógrafos e faço vídeos pra pessoas. Converso e recebo tantos presentes que parecia que eu tinha acabado de fazer compras no shopping.

Quando eu achava que a multidão tinha acabado, e que a gente tinha zerado todo mundo, Barreto me cutuca. Me cutuca insuportavelmente, corrigindo.

- Que foi, caralho? - pergunto, e olho na direção que o olhar dele estava virado.

Minha mente entra em pane.

Realmente acho que a noite foi de muitas emoções, e que eu estou começando a ter alucinações, mas eu juro que vejo minha mãe caminhando até mim, com o Alfredo correndo em sua frente.

𝘀𝗼𝗯𝗿𝗲 𝗮𝗺𝗼𝗿 - 𝗴𝘂𝗿𝗶 𝗺𝗰Onde histórias criam vida. Descubra agora