𝘀𝗼𝗯𝗿𝗲 𝗮𝗺𝗼𝗿 - 𝗴𝘂𝗿𝗶 𝗺𝗰

𝗹𝗮́𝗴𝗿𝗶𝗺𝗮𝘀 𝗻𝗮 𝘁𝘂𝗮 𝗰𝗮𝗺𝗶𝘀𝗮.

"ᵐᵉᵘ ᵐᵒᵐᵉⁿᵗᵒ, ˢᵉᵘ ᵃᵇʳᵃᶜ̧ᵒ
ᵐᵉ ᵗʳᵃⁿˢᵐⁱᵗᵉ, ᵐᵉ ᵈᵉˢᶠᵒᶜᵃ
ᵉ ᵘᵐᵃ ᵛᵒᶻ ᵐᵉ ᵃᵛⁱˢᵃ
ᵠᵘᵉ ᵒ ˢᵉᵘ ˡⁱᵛʳᵒ ᵉ́ ᵘᵐᵃ ᵖᵒʳᵗᵃ 
ˢᵉᵘ ᵒˡʰᵃʳ ᵐᵉ ᵃᶜᵃˡᵐᵃ
ˢᵘᵃ ᵛᵒᶻ ᵗʳᵃⁿᵠᵘⁱˡⁱᶻᵃ
ᵉ́ ᵘᵐᵃ ᵖᵃᶻ ᵠᵘᵉ ˢᵉ ᶠᵒʳᵐᵃ ᵈᵉ ⁿᵒⁱᵗᵉ ᵒᵘ ᵈᵉ ᵈⁱᵃ"
- Meio a Meio II, Thegust Mc's.

COM AS MÃOS ainda tremendo, eu peço o uber de novo pra Mansão da Aldeia e seleciono o primeiro contato que me vêm na mente.

— Alô? - ele fala, do outro lado da chamada.

— Guri? Cê pode falar agora? - Eu falo, mesmo que a minha voz e o meu braço estejam tremendo.

— Tória? Cê tá bem? Cê tá chorando? - ele pergunta e eu ouço a preocupação na sua voz.

Não tento esconder ou fingir. Não tenho nem forças pra isso.

— Tô. - digo, e debulho em lágrimas.

— Puta merda. - Ouço ele sussurrar. - O que aconteceu? Onde cê tá? Me fala que eu vou aí te buscar.

Solto um soluço.

— Não precisa. Eu tô indo pra Mansão da Aldeia. Eu meio que acho que não vou voltar mais pra casa. Por favor, me encontra lá, eu preciso muito falar com alguém. - eu falo, e vejo meu uber chegando.

— Victória, como assim? Eu já tô aqui... - eu interrompo ele.

— Ótimo. Só fica aí então e eu explico depois. Meu uber chegou. - falo e desligo. Sei que tinha sido um pouco maldade da minha parte desligar no meio de uma ligação comigo chorando. Sei que nesse exato momento ele deve estar preocupado, mas eu não tava em condições de explicar, ainda mais com o uber escutando.

Eu tinha certeza absoluta que meu coração estava fisicamente se desmanchando. Meu peito doía, minha cabeça estourava e todas as partes do meu corpo não pareciam ter força o suficiente pra se sustentar.

Entro no carro e trato de respirar fundo.

....GURI'S POINT OF VIEW....

EU TAVA ENLOUQUECIDO. A Tória tinha me enlouquecido.

Eu andava de um lado pro outro na cozinha, onde tinham quatro pares de olhos me encarando, com um ponto de interrogação estampado na cara.

— Guri, meu, se acalma. O que exatamente ela falou? - Bob pergunta.

Paro de andar e encaro ele.

— Meu parceiro, ela só falou que tava vindo pra cá e que achava que não ia voltar pra casa. Mas cê não tá entendendo, ela tava em prantos. Eu achei que alguém tinha morrido quando ela ligou. - disparo.

Barreto estava com as mãos no rosto, balançando a perna.

— Ela foi expulsa de casa. - ele afirma.

Passo a língua no lábio.

— Não é possível. Será que foi por causa da BDA? - pergunto, e sinto imediatamente um peso de culpa do tamanho do mundo nas costas.

Ela falou que não tava preparada, ela falou que ainda não era o momento, e a gente colocou ela contra a parede. A gente basicamente disse foda-se pra todas as preocupações dela em jogo só pra montar um trio.