Reformatório (Izuku Analista)

Capítulo 3

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A turma 1-A estava na primeira aula do dia quando o telefone de Bakugou tocou.

Aizawa ergueu os olhos das anotações que estava ensinando para encarar o aluno.

“Os telefones deveriam estar no modo silencioso, Bakugou. Você sabe disso."

“Estava no modo silencioso,” Bakugou resmungou, puxando o telefone do bolso. “Apenas o número da minha mãe está configurado para tocar.”

Bakugou olhou para a tela e descobriu que estava certo: era sua mãe. Após o incidente no acampamento de verão, eles concordaram em configurar seus telefones de forma que, mesmo que estivessem no modo silencioso, se ligassem um para o outro, o telefone tocasse. Dessa forma, se houvesse uma emergência, eles poderiam se comunicar de qualquer maneira.

“Senhor, preciso atender isso”, disse Bakugou.

“Coloque no viva-voz. Quero saber o que é tão importante que ela esteja disposta a interromper nossa aula.”

Era mais fácil simplesmente fazer o que lhe mandavam, em vez de discutir. No final, Bakugou estava conseguindo o que queria e isso era tudo que importava. Ele rapidamente passou o dedo pela tela para atender a chamada.

"Mãe? Qual é o problema?"

Ele foi recebido com soluços abafados.

“Katsuki… É… Você ouviu sobre o ataque do vilão ontem à noite em nossa vizinhança?”

Todos na classe congelaram, até mesmo Aizawa. Bakugou se endireitou em sua cadeira.

"O que? Vocês estão bem?"

“Seu pai e eu estamos bem. É… Katsuki, é do Midoriya! O vilão colidiu com o prédio deles e usou sua peculiaridade para destruí-lo completamente. Eles encontraram o corpo de Inko, mas não têm certeza se estão com o de Izuku. Houve alguns corpos tão gravemente feridos que não conseguem identificar quem são. Mas… Eles se foram. Katsuki, eles se foram!”

Bakugou não se mexeu. Todo o sangue foi drenado de seu rosto, deixando-o pálido como papel. Seus olhos vermelhos olhavam diretamente para o telefone, sem ver e sem piscar. Kirishima saiu da cadeira e foi até Bakugou.

"Sra. Bakugou”, disse ele. “Acho que Bakugou está bastante chocado. Vou desligar agora e levá-lo para a Recovery Girl ou algo assim.”

“Kirishima? Por que você está com o telefone dele?"

“Ele teve que colocar o telefone no viva-voz para poder atender. Sinto muito pela sua perda! Oh merda, hum, acho que ele está começando a hiperventilar, então tenho que ir."

“Cuide do meu menino!” ela disse, quase em pânico, quando Kirishima desligou.

Aizawa também se aproximou e estava ajoelhado ao lado de Bakugou.

“Bakugou, você pode me ouvir?” Aizawa perguntou, colocando cuidadosamente a mão no ombro do menino. Quando Bakugou se encolheu, Aizawa o soltou. “Bakugou, me desculpe por ter feito você colocar o telefone no viva-voz. Eu não farei isso de novo. Você está dispensado da aula pelo resto do dia. Kirishima irá acompanhá-lo até o escritório da Recovery Girl. Você ficará lá até que ela diga que você tem permissão para sair."

“Não,” Bakugou resmungou.

"O que?"

“Não, eu preciso... eu preciso ir. Eu preciso ir até lá. Eu tenho que encontrá-lo." Bakugou lutou para sair da cadeira, mas foi rapidamente agarrado por Aizawa.