Demon Slayer - A história não contada

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A noite e nossas provocações estavam fazendo essa ser uma das melhores noites da minha vida, até ela pensar no confronto do distrito do entretenimento. Sua mente me prova que ela esta preocupada com as pessoas importantes pra ela, até que ela pensa em um homem em específico, que faz seu coração se acelerar.

Ela esta preocupada com ele e se pergunta se ele estava bem e principalmente vivo. A minha raiva foi aumentando a medida que ela pensava nele, então para não assusta-la sai da cozinha e fui para o meu quarto.

Será que ele era seu namorado? Ela gostava dele? Já haviam se beijado ? Todas essas perguntas me incomodava de um modo que eu não podia controlar. Respirei por um tempo tentando ficar mais calmo até ouvir o coração dela se acelerando, corri até seu quarto, talvez fosse um pesadelo. Tentava ler sua mente mas nada, eu não tinha acesso aos seus sonhos, somente seus pensamentos.

Ela começa a chorar e isso me deixa preocupado, até que ela acorda. Seus olhos encontram os meus e eu procuro por algo incomum ou errado, até não o achar.

- Você está bem ?

Seus olhos evitam os meus e gaguejando ela me pede para sair e eu não me oponho, afinal, eu estou no seu quarto. Saio por educação mas encostado em sua porta, posso ouvir os seus soluços.

Até seu choro é idêntico ao de Yuri, o que me deixa ainda mais preocupado, então sem muito o que fazer volto para meu quarto pensando nos fatos que acabo de presenciar. Quando finalmente ela acorda eu já estou na sala, esperando sua companhia para comer. Ela passa por mim em silêncio ainda evitando meus olhos, o que me incomoda. A sigo até a mesa de jantar e continuo esperando seu contato visual mas nada, ela permanece muda.

- Você teve pesadelos ?

- Pesadelos - ri com ironia - Pode-se dizer que sim.

- Fiquei preocupado.

Ela ainda permanece cabisbaixa. Sem opções vejo seus pensamentos.

" Ele ainda tem a audácia de me perguntar se tive um pesadelo, (grrr!!!) que ódio."

" sim, vi o homem que eu amei tendo relações com minha amiga"

" E agora diz que tá preocupado. Porque não vai se preocupar com as mulheres com quem se envolveu? "

Como ela descobriu sobre minhas esposas e Daki?

"Mas porque isso me afeta tanto? Não é como se eu gostasse dele ou ..."

Seus olhos pela primeira vez se erguem em minha direção e suas bochechas ficam vermelhas.

" não, não, não me diga que eu ..."

Sua frase não é completa, ela apenas se levanta com presa.

- Já estou satisfeita.

E sai correndo até seu quarto, o que me deixa de certo modo feliz. Feliz por saber que ela não tem sentimentos pelo caçador e ainda mais feliz por saber que talvez ela tenha sentimentos por mim.

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Me jogo na cama tentando controlar o meu coração que está disparado. Fecho os olhos e ainda posso ver o rosto dele, o olhar preocupado comigo, e um fino sorriso quando deixei a sala, será que vi errado?

E isso que estou sentindo? Por que me importar com ele quando sei que quem eu amo se envolveu com minha melhor amiga? Droga Tomioka, logo agora que eu desenterrei tudo o que eu sentia, sinto por você ?

Fito o teto tentando controlar meus pensamentos que estão a mil por hora e quando vejo que não tem como, desço as escadas e saio pela porta principal que por incrível que pareça não está trancada.

Seria a chance perfeita pra correr, pra tentar fugir já que o sol está brilhando aqui fora, já que Muzan e os onis não poderiam me seguir mas sendo sincera, que chances teria ? Não tenho agilidade e ao anoitecer só estaria perdida e não muito longe pra que eles me achassem.

Olho pro jardim e sorrio ao ver uma pequena plantinha saindo da terra, isso prova que meu trabalho está dando certo, mas seria certo com a Demon Slayer Corps ? Penso no senhor Kagaya, nos meus amigos ... Nos desejos que cada um deles tem de acabar com os onis e com Muzan. Penso que esse também é meu sonho, ou já foi .

Passo horas e horas ali no jardim, cuidando não só do meu plantio mas das árvores e arbustos. Nem noto que o sol já está quase se pondo, até que ele finalmente se vai e alguém se aproxima de mim. Não preciso me virar pra saber quem é.

- Então ... você mora aqui com o mestre ?

- Esse assunto é algo que não é da sua conta.

- Então você fala ... - diz com ironia enquanto dá a volta por mim - Pra uma ratinha até que você é bem astuta.

- Pra um verme até que você ... - paro pra pensar e olhando em seus olhos desisto - Não, você é e sempre será um verme.

Sorrindo ele da passos em minha direção, diminuindo a distância entre nós, acho que quer me intimidar.

- Vai ser divertido passar um tempo ao seu lado, claro, até o mestre nos dar permissão pra acabar com sua vida.

Ele está tão próximo a mim que posso sentir o hálito gelado dele sob meu rosto, e mesmo com medo, me esforço pra ficar de cabeça erguida, mas ele com uma rapidez incrível toca na pele exposta do meu pescoço com a unha, lentamente, até que ...

- O que faz aqui Dōma ?

O Oni se afasta sorrindo e olha pra Muzan que está atrás de mim, com um olhar ilegível no rosto.

- Tomei a liberdade de vir pessoalmente falar com você, podemos conversar?

A medida que ele fala seu sorriso diminui quando Muzan se aproxima de mim, colando seu corpo ao meu enquanto seu braço me puxa pra si pela cintura.

Sinto minhas costas pressionada ao corpo dele e fico imóvel. Seu polegar gentilmente acaricia minha cintura quando finalmente ele decide responder o Oni a nossa frente.

- Vamos ao meu escritório - sinto seu rosto acima da minha cabeça, quase como se estivesse cheirando meus cabelos ou deixando seu queixo apoiado nela - Se quiser continuar no jardim tudo bem, aviso quando a janta for servida.

Dito isso ele se afasta e eu fico sem estender o que de fato acabou de acontecer.