A imagem de cima é o quarto que eu idealizo nas descrições para o quarto da Beatrice
Hoje de manhã acordei com uma sensação estranha, um sentimento de medo misturado com adrenalina e ansiedade que fazia a minha barriga doer.
Assim que me levantei da cama, calcei as minhas pantufas em forma de ursinhos e fui até à casa de banho, onde decidi tomar um duche rápido e tratar da minha higiene pessoal.
Depois disso voltei para o quarto e vesti-me.
Nesta última semana que passou, Rowan fez uma remodelação total no meu roupeiro, por isso agora só tenho roupas bonitas e modernas, o que torna a minha escolha de vestimenta um pouco mais complicada.
Abri o roupeiro e analisei cuidadosamente cada uma das peças que lá estava. Fiz conjuntos e combinações de roupa mentalmente, e ao fim de algum tempo, retirei do roupeiro uns calções azuis-claros e uma blusa cinzenta de manga curta, que acabei por vestir em seguida. Como costuma fazer frio cá por Londres, acabei por retirar também do roupeiro um camiseiro vermelho, branco e azul xadrez, ao qual dobrei as mangas até aos cotovelos e vesti em seguida.
Para o calçado escolhi algo simples e confortável, ou seja, uns ténis brancos já um pouco velhos e sujos e com as solas um pouco gastas.
De seguida dirigi-me até ao espelho do meu quarto e peguei na escova do cabelo. Fui penteando devagar o meu cabelo, que devido ao seu enorme tamanho tem tendência a ficar com inúmeros nós, e quando finalmente o dei por desembaraçado, coloquei algumas madeixas de cabelo por detrás das minhas orelhas e saí do quarto.
Desci as escadas e encaminhei-me até à cozinha, onde para minha grande surpresa, encontrei a minha tia já a pé a fazer o pequeno-almoço.
"Bom dia tia!" cumprimentei.
"Bom dia minha querida. Dormiste bem?" ela perguntou.
"Sim!" repondi. "O que faz a tia acordada a estas horas da manhã?"
"Hoje é o teu primeiro dia nesta nova escola, logo irei acompanhar-te até lá!" explicou.
"Ho... está bem! Precisa de ajuda?"
"Não, não é preciso. Senta-te aí e espera só um pouquinho. O pequeno-almoço está quase a sair." ela avisou, apontando para o banco preto em frente à bancada.
Sentei-me então no banco como me fora pedido, e enquanto esperava pela comida, dirigi a minha atenção até aos meus dedos e fui brincando com eles.
A comida foi posta há minha frente e desviei a atenção dos meus dedos até ao prato. À minha frente encontrava-se agora um enorme prato cheio de panquecas recheadas de chocolate e uma caneca de leite branco.
Quando acabei de comer, encaminhamo-nos até à porta de casa e saímos de casa. Como hoje é o primeiro dia de aulas, apenas levo comigo uma pequena mala castanha de por às costas, com um estojo preto e dois cadernos, um de desenho e outro de apontamentos. Não me parece que seja necessário levar já os livros hoje, por isso não vale a pena ir já carregada.
Saímos de casa e fomos até ao carro. Entramos e pusemo-nos a caminho, enquanto a minha tia me contava algumas coisas sobre a nova escola.
"Então é assim minha querida..." a minha tia disse, parando o carro em frente ao portão. "...a partir de agora é contigo. Porta-te bem, sim?"
"Sim, está bem tia. Não se preocupe." e com isto saí do carro. Acenei-lhe dizendo-lhe adeus e fiquei à espera que o carro da minha tia se afastasse, e só então continuei o meu caminho.
Dirigi-me até ao portão de entrada e entrei no recinto. Rapidamente vários olhos foram colocados em mim, e o olhar de vários rapazes desenvergonhados percorreram todo o meu corpo. Senti-me um pouco constrangida por todos estarem a olhar para mim, mas também é normal. Não devem reconhecer a minha cara de lado nenhum, e provavelmente isso deve deixa-los um pouco curiosos em relação à minha pessoa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Never say never...
RandomÀs vezes, as escolhas erradas levam-nos por caminhos errados, e Beatrice não foi exceção. A sua vida é um verdadeiro jogo sem saída, onde as mentiras são a principal realidade e a verdade é estritamente proibida. [Atenção: Antes de começarem a ler q...