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Capítulo 19

Yibo

EU NÃO TINHA ideia de que dia era ou quanto tempo eu estava nesta cama.
Mas quando abri os olhos e olhei para a janela, vi que estava escuro lá fora.
Eu me estiquei sob as cobertas, e pela primeira vez em um longo tempo, nada doeu. Graças a Deus. Talvez o pior tenha passado? Eu com certeza esperava que sim.

Ouvi para saber se Xiao Zhan  estava ou não em casa, e quando tudo o que encontrei foi o silêncio, joguei as cobertas para trás e me levantei. Quando a sala não girou, eu sorri, porque isso era um progresso. Olhei para as calças do pijama que eu usava e me perguntei quando as coloquei. Mas antes que eu pudesse pensar muito sobre isso, meu estômago começou a roncar.
Fui até o armário para pegar uma camisa e, quando passei pelo espelho, dei uma olhada duas vezes. Meu cabelo
mas foram os olhos avermelhados que chamaram minha atenção.

Essa gripe com certeza tinha feito um estrago em mim, mas agora que eu estava me sentindo melhor, era hora de me recompor e colocar um pouco de comida em mim. Eu puxei minha camisa e abri a porta, e o cheiro delicioso de algo cozinhando encheu o ar. .

— Bem, olá, estranho. — Xiao Zhan  sentou-se no sofá.
— Ei.
— Como está se sentindo?
— Melhor . Muito melhor.
— Boa. Magnífico! Eu tenho estado tão preocupado com você.
— Desculpe, eu não quis causar nenhum problema. Especialmente tão cedo nisso.
— Não, não, — ele disse enquanto se levantava. — Você não fez. Eu prometo. Mas você esteve fora por... dias.
— Dias?
— Sim, é segunda-feira à noite.

Olhei para o relógio.
— Puta merda!

Xiao Zhan  riu.
— Eu sei. Foram setenta e duas horas difíceis.
— Percebi. — Passei a mão pelo meu cabelo e soltei um suspiro.
— Eu acho que você teve o pior de tudo, no entanto. Quase não me lembro de nada.
— Isso provavelmente seria o melhor. Você estava doente como um cachorro. Sua febre era ridícula. A certa altura pensei que ia ter que te levar para o hospital, mas depois passou. Hoje é o primeiro dia em que você parecia estar dormindo pacificamente. Então eu deixei você em paz e apenas verifiquei você ocasionalmente.

Mas hoje era segunda-feira. Ele deveria estar no trabalho.
— Você ficou em casa hoje?
— Bem, eu não ia sair.
Eu balancei minha cabeça, odiando que eu não só atrapalhasse onde ele morava, mas também seu trabalho.
— Não devia ter feito isso. Eu ficaria bem.
— Você não sabe disso, e eu fiquei feliz em ficar. Eu tinha dias que me deviam e nunca me perdoaria se algo acontecesse com você.

— Você ainda não deveria ter feito isso.
— E você deveria apenas agradecer.

Ele estava certo, eu deveria ser grato que alguém deu a mínima para mim para se importar se eu vivia ou morria.

— Diga, — Xiao Zhan  cantou, e sua atitude jovial era difícil de ignorar.

Meus lábios se contraíram.
— Obrigado, mas você não deveria ter...
— Não, não quero ouvir. O que posso fazer por você? — Xiao Zhan  sorriu, e o calor e o brilho me lembraram que eu estava bem e verdadeiramente vivo.

Meu peito apertou e meu coração bateu um pouco mais rápido. Eu não sabia o que tinha feito para merecer o tipo de generosidade que ele estava me mostrando, mas estava grato por isso. Ele era um bom homem, e tive sorte de ele estar aqui.
— Eu venderia minha alma agora para saber o que você está cozinhando para o jantar.
— Sua alma, hein?
— Essa é a única coisa que vale alguma coisa, e isso não quer dizer muito.
Xiao Zhan  inclinou a cabeça para o lado e o sorriso desapareceu.
— Porque você faz isso?
— O quê?
— Fala mal de você.
— Eu não.
— Sim, você faz. Ou você transforma algo bom em algo ruim. Como se você estivesse tentando afastar todo mundo.

The FlameOnde histórias criam vida. Descubra agora