Dia 1175
Maddie Waters.
Hoje faz 23 dias que não chove.
A ultima vez fez um estrago, mas consegui consertar tudo o que desabou.
Não vejo o pessoal há 4 meses, desde quando nos separamos por causa das invasões. Naquela noite, eu iria contar ao Noah que estava grávida.
Ainda espero que esteja vivo e que esteja vagando pelo mesmo território que eu. Não fui muito longe do centro dos refugiados, tentei voltar la depois de alguns dias, mas os mortos ainda estavam ali...andando de um lado para outro.
Tenho pertencido a uma casa que encontrei no meio da floresta, quando cheguei aqui, tive que fazer uma limpa se eu quisesse morar aqui por um tempo. E agora tem sido só eu e o bebê.
Ele não nasceu, estou provavelmente de 5/6 meses, ando perdida no tempo desde que tudo começou, mas pelo tamanho da barriga eu julgo até 6 meses, levando em consideração de quando descobri, eu tive noção de que estava de quase dois meses.
Desde tudo o que aconteceu, tenho seguido uma única rotina: acordar, arrumar tudo, caçar alguma coisa, comer, depois explorar mais comida pela região, voltar para casa, procurar algo para fazer dentro da casa, e voltar a dormir de novo.
Eu tento ao máximo não fazer esforço, estar gravida me deixa mais vulnerável.
Nesse momento, estou caçando algo para jantar, a floresta inteira ja me é familiar, decorei o caminho para voltar para casa e sei praticamente todos os lugares em que sei que é seguro ir e que sei onde encontrar comida.
Escuto algo na floresta, talvez seja um dos mortos, então ja pego a arma e a recarrego, olho em volta tentando localizar o som
— Ei.— Escuto uma voz a minha esquerda, me viro na direção e aponto a arma. — Calma...não precisa atirar, não vou te machucar. — Era um garoto.
Ele tem cabelos pretos, olhos castanhos, pele bem clara, diferente de mim, cerca de quase 1,80. Uma mandíbula marcada e o queixo, diferente do de noah, um pouco mais quadrado. O que me faz confirmar que gosto mais do queixo pouco pontudinho de noah, combina com o rosto e maxilar extremamente marcado.
Meu porte é extremamente vulnerável, é como sempre pensei desde que tudo começou. Não sou nenhuma branquelona, mas também não sou a rainha de Wakanda. Meu cabelo é ondulado, ja escuro por conta do tempo que passou desde a última vez que deixei mechas loiras nele. Noah ainda me conhecia quando estava "loira", e ele sempre dizia que amava as mechas.
Estou com o cabelo mais escuro desde a última vez que o vi, talvez isso assuste.
— Se afasta. — Digo com a arma ainda apontada, ele mostra as mãos e eu analiso ele inteiro.
Calça cargo preta, camiseta preta e básica, botas, mochila normal com armas. Vejo seu porte inteiro, braços pouco malhado, os bíceps são perceptíveis se reparar bem, suas mãos são grandes, acho que poderiam me silenciar facilmente se ele quiser me sequestrar e me matar.
Estou em desvantagem no momento.
Estou apenas gravida, mais baixa, minhas armas são boas, mas é ciência que este homem é mais forte que eu.
Ando testando a ciência.
—Tudo bem, não precisa ficar assustada, não vou tocar em você.— Ele diz calmo olhado nos meus olhos.
— Qual seu nome?— Perguntei.
— Alex, Alex miller, tenho 24 anos e estou sozinho...sou só eu.— Ele responde. — Qual seu nome?
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𝐁𝐎𝐑𝐍 𝐓𝐎 𝐃𝐈𝐄
Science FictionApós um vírus transformar pessoas em mortos-vivos destruir o planeta Terra, Maddie Waters tenta sobreviver sem o pai de seu bebê que ainda não nasceu, enquanto o procura. Em meio da procura, ela encontra e reencontra com pessoas que acabam se tornan...