Capitulo 14: Uma pessoa boa.

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Lizzie Smith.

Chequei Maddie e seu ombro, ela estava bem.

Isso me alivia de um jeito inexplicável, eu ainda tinha medo de algo acontecer com ela e ter culpa.

Estou no lado de fora da fazenda, na varanda. Aqui é bem calmo, nenhum problema com errantes ou canibais.

É só mato, animais, cercas elétricas e geradores que nos proporcionam luz e banho quente.

Acredito que posso ficar aqui por muito tempo, se Jordan permitir.

— Ei, te achei.— Jordan se senta ao meu lado, na escada que sobe para entrar na varanda.

— Estava me procurando?— Eu sorri.

— Talvez.— Deu de ombros.— Queria saber como você está.— Me olhou.

Seus olhos são uma mistura de verde com castanho, como verde musgo, mas parecia uma explosão de marrom invadindo o verde.

Eu gosto desse tom de verde, talvez seja meu favorito.

— Estou bem, só...— Tento achar as palavras.

— Com medo de ter feito algo errado?— Jordan me ajuda.

Hesito e solto um riso com os olhos fechados.

— É.— Eu o olhei de novo.— Isso.

Jordan olhou meus olhos, minha boca, depois desviou para a paisagem a nossa frente.

— Você é a mais velha?— Ele indagou.

— De todos?

—Não, entre você e seu irmão.

— Sou.— Falei.

— Imaginei.— Volta a me olhar.

— E o que te faz pensar isso? Tenho tantas marcas de expressão assim?— Brinquei e ele riu comigo.

— Não!— Falou rindo.— Você parece mais sã, Noah parece ainda imaturo, não sei explicar.

— Ele parece apaixonado.— Quase interrompo ele. — Meu irmão pode sim ser imaturo às vezes, mas o amor o torna assim. É como geralmente funciona, não?

— Não acho. O amor deveria crescer junto com a pessoa, não?

Penso sobre.

Me apaixonei poucas vezes, acredito que duas vezes na minha vida que senti a presença do amor de forma intensa o suficiente.

— Depende de com quem é. Noah já foi mais imaturo do que é. A questão é que dessa vez é diferente.— Olhei o moreno de novo.— Todos nós enxergamos isso, ele muda com ela.

— De uma forma boa?

— Muito boa. Ele é protetor demais, pensa demais antes de agir, mas às vezes ele se coloca em situações por ela sem pensar antes.

— Como entrar na frente de uma arma?— Jordan sugere e eu assinto.

— É, imagino que ele teria entrado na frente do atirador antes que mire em Maddie.

Ficamos em silencio.

— Gosta de lasanha?— Jordan me perguntou.

— Gosto, por que?— Olhei ele confusa.

— Estou pensando em fazer no jantar. Do que mais gosta?

Abro a boca mas nem sei o que dizer, nesses últimos anos, gosto até mesmo de uma pedra.

— Uau.— Pensei alto.

— O que?

— Tinha uma receita que minha mãe fazia quando eu morava na itália. Eu devia ter uns quatro anos, mas ainda me lembro do gosto do macarrão.— Sorrio ao lembrar.

𝐁𝐎𝐑𝐍 𝐓𝐎 𝐃𝐈𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora