Capitulo 15: Fracasso da paternidade.

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Lily Prescott.

Dia 1199.

Estamos aqui faz duas semanas.

Hazel é imparcial, vive ocupada. Thomas sempre me procura para ajudá-lo em algumas funções, apesar de eu apenas atrapalhar.

Maddie está bem, perfeitamente bem. Jordan disse que não precisamos ir embora.

Penso muito nos meus irmãos, preciso achá-los, mas Jake avisou que a temporada de frio vai vir de forma intensa.

— Você é a mais velha de seus irmãos?— Thomas perguntou enquanto alimentava os cavalos.

— Por parte de mãe sim, por parte de pai eu sou a mais nova.— Expliquei.

— Ah, seus pais eram separados?

— Meu pai morreu quando eu era mais nova, mas eu tinha um irmão mais velho chamado Steve. Ele era meio quieto, brincava comigo quando era menor, mas quando crescemos, ele simplesmente ficou...— Dou de ombros.— Imparcial. Não se importava muito com qualquer um que estivesse perto dele. Talvez tenha sido a fase adolescente dele ou algum problema psicológico, não sei, mas ele era bom quando éramos pequenos.— Eu explicava ajudando a alimentar os cavalos.

— Ele já te disse que a amava?

Hesitei.

— Quando éramos pequenos, sim. Temos dois anos de diferença, eu com sete, ele com nove. Ele no sexto ano e eu no quarto...mas a gente gostava da presença do outro. Eu sabia que ele me amava e ele sabia que eu o amava. Acho que não precisávamos muito de uma reafirmação.

Andamos em silêncio.

— Acho que terminamos por aqui.— Parei de andar.

— É...— Thomas falou incerto. Ele iria dizer algo, mas Hazel aparece.

— Thommy, depois me encontra no galinheiro quando acabar ai?— Ela encosta a mão na porta do celeiro.

— Algo urgente?— Thomas a olha confuso.

— Não, só venha quando puder.— Hazel me olhou de cima a baixo.

Acho que ela não é bem minha fã, mas nós não tivemos a oportunidade de ter uma conversa direito.

Talvez por isso temos esse clima estranho, já passou uma semana e nenhuma das duas quer puxar um papo.

Ela parece ser legal. Tem cabelos castanho escuro, uma franja repartida ao meio e crescida. Tem olhos enormes e penetrantes, intimidadores, te julgam sem perceber e soa grosseiro.

— Tudo bem, já vou.— Thomas afirma e Hazel acenou saindo de lá.

— Então, você e Hazel...?— Eu o olhei incerta.

— O que?— Thomas me olhou confuso.

Seus óculos redondos refletiam meu rosto e isso me faz pensar que meu cabelo está enorme.

— Vocês têm algo ou...— Hesitei.

— Não! Não, de jeito algum.— Negou como se fosse algo absurdo.— Ela é como uma irmã para mim, não!— Continua negando e eu rio.

— Desculpe, é que eu senti um olhar diferente vindo dela e eu presumi que vocês tivessem algo.— Gesticulei com as mãos um pouco envergonhada.— Não que isso seja da minha conta.— Murmurei.

Thomas deu um riso tranquilo.

— Pode ser da sua conta.— Me olhou.— Quer dizer, Hazel é apenas como uma irmã, não precisa se preocupar.

𝐁𝐎𝐑𝐍 𝐓𝐎 𝐃𝐈𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora