𝐁𝐎𝐑𝐍 𝐓𝐎 𝐃𝐈𝐄

Capitulo 36: Não vamos ser amigas dele.

Lily Prescott.

Setembro.

Lexie ainda me odeia. Mas o que posso fazer? Era a única opção.

Alex passou uma semana e meia deitado sem fazer esforços. Apesar de ter acertado somente a região ocular, foi difícil para se adaptar.

Aquela noite terminou com o resto deles indo embora porque Maddie e eu estávamos massacrando quase todos seus amigos.

Acho que a raiva tomou conta de nós, por conta de Alex. Acho que queríamos vingança, não dos invasores, mas de Nick.

Mostra-lo que não deveria nos subestimar tanto quanto ele faz.

— Posso conversar com você?— Thomas me chama na cozinha.

Desde então, tudo anda um pouco mais pesado.

Maddie diz para não enfrentar Nick ainda, que ela tinha algo em mente, mas que precisava que Nick continuasse com o ego inflado.

É um pouco loucura, mas confio nela.

— O que aconteceu?— Sentei na bancada, um pouco entediada.

Minha relação com Thomas anda esfriando, é como se estivéssemos focados em coisas diferentes que não seja nós.

Às vezes, discutimos porque ele se preocupa demais, que não gosta quando investigo demais com Maddie.

— Posso te fazer algumas perguntas pessoais?

O olhei e analisei sua pergunta.

— Você é meu namorado, Thomas, pode me fazer qualquer pergunta à essa altura.— Dei de ombros.

Ele hesita.

Olho seus óculos, cheios de remendo e escondidos no cabelo crescido.

O cavanhaque e o bigode de sempre que combina com seu rosto.

— Você...já teve alguma coisa com Alex...antes de mim?— Me olhou incerto.

Entorto a cabeça um pouco confusa com a pergunta.

— Como é?

— Está tudo bem se sim, não me importo. Só quero saber se é só paranoia minha.

— Talvez seja, porque Alex não foi nada além de meu melhor amigo.

Thomas assentiu.

— E nunca teve sentimentos por ele?

Olhei o moreno desconfiada.

Ele quer chegar a algum lugar.

Vamos ver, bonitão.

— Não, Thomas. Nunca.

— Olhe, eu não vou brigar ou ficar chateado. Estará no passado de qualquer forma, só quero entender algumas coisas.— Thomas toca minha mão a sua frente.

— Que coisas, exatamente?— Afasto nossas mãos.

Thomas larga a cabeça olhando para baixo, respira fundo e volta a me olhar.

— Naquela noite...você ficou transtornada demais quando Alex se feriu. Foi como se tornasse outra pessoa. Atropelava qualquer um que estivesse a sua frente.— Presto atenção em suas palavras.— Não queria sair do lado dele de jeito nenhum, eu...achei estranho.

— Thomas, Alex é meu melhor amigo e estava ferido. Estava morrendo.— Olhei em seus olhos.— Eu agiria assim se fosse com você, com Maddie, com Noah. Talvez seja a primeira vez que me viu realmente preocupada com alguma amizade minha, mas é assim que sou. Intensa. Não significa que tenha algum antecedentes românticos. E mesmo se tivesse, não importaria.