Vivendo de outra forma

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No final daquela tarde, os irmãos se encontravam juntos na imensa sala de estar da casa. Lúcia e Susana, em um canto, conversavam sobre garotos, roupas, enfeites, festas, e coisas do tipo enquanto riam, empolgadas.

Pedro e Edmundo jogavam xadrez, conversando sobre faculdades, empregos, política e garotas, tudo junto. 

De repente, um telefone que estava do lado de Edmundo tocou. Ele atendeu.

-Oi?

-Oi, Eddie! Eu estava querendo falar com você. É  a Annie.

-Ahn...só um minutinho que ligo pra você de volta. Tô meio ocupado.

-Ok. Te Amo. Não se esquece de me ligar. Tchau.

-Tchau.

Edmundo colocou o telefone de volta no gancho.

-Quem era? - perguntou Pedro.

-Era uma colega de classe. Ela...queria minha ajuda com um trabalho.

-Tem certeza? Você ficou vermelho falando com ela...

-Não fiquei, não!

-Acho que essa colega tá mais pra namorada, não? - brincou Pedro.

-Meu Deus, Pedro: nada a ver. Aí, tome. Xeque-Mate.

-Assim não vale! Você sempre ganha.

-É porque eu sou melhor, ué.

-E humilde até demais, não?

-Exato.

Riram.

-Bem, eu...tenho que ir no meu quarto resolver uma coisa. - disse Edmundo, levantando-se.

-Essa coisa por acaso é ligar de volta para a garota?

-Talvez. 

-Vai lá, e boa sorte! Pode ser que ela goste de você mais do que como colega. 

-Cala a boca. - disse Edmundo, saindo.


Ele foi até seu quarto e sentou na cama, respirando fundo e olhando para o quarto, pensativo. 

A cama era macia, assim como a colcha e tudo o mais. As paredes tinham ilustrações antigas, mas familiares de alguma forma. Em uma mesa, ele colocou seus livros da faculdade de Direito e alguns materiais para estudar. Duas portas tinham conexão ao quarto: uma levava para o banheiro, e a outra levava a um closet, no qual ele já havia espalhado suas roupas a seu modo: bagunçado e organizado ao mesmo tempo. Ainda no quarto, um quadro com um Leão no meio de uma floresta o encarava. Uma estante estava mais ou menos preenchida com livros dele. Ao lado, uma poltrona na frente de uma lareira apagada. E, dos lados da cama, duas mesas de cabeceira, uma de cada lado. Em um deles estava um telefone.

Edmundo respirou fundo mais uma vez e fechou os olhos. Observar o quarto geralmente o ajudava a se acalmar, mas aquele quarto lhe dava mais angústia. A sensação de precisar lembrar de algo, mas não conseguir, era ainda pior do que gostar de uma garota e ficar contido.

Sim, ele amava Annabeth. E ela dizia que o amava também, apesar de dizer que não queria namorar com ele ainda. Claro que ele já tinha beijado ela uma ou duas vezes de repente, mas ela dizia que não tinha certeza de nada.

Edmundo se sentia usado. Era como se a garota estivesse brincando com os sentimentos dele. Como se ela não se importasse, como se estivesse mentindo ao dizer que o amava. 

No fundo, ele sabia que ela não o amava, mas não queria admitir isso a si mesmo.

Por orgulho? Talvez. Mas principalmente porque não suportava a ideia de que ela não correspondia com seus sentimentos.

Eles haviam se conhecido na faculdade. Ela também fazia Direito, e era apenas um ano mais nova que ele. 

Desde o começo do ano ele tentava mostrar para ela que eles deveriam ficar juntos, mas ela sempre dizia precisar de um tempo a mais. 

Agora, Edmundo decidira não ligar para ela nas férias, para não ficar pensando no assunto. Mas, ela ligara para ele. 

O que será que ela queria dizer? Que finalmente aceitaria ficar com ele? Ou talvez...que não o amava e estava certa disso?

Respirando fundo uma vez mais, ele pegou o telefone e discou o número dela.


✨✨✨✨✨✨✨


E então, darlings? Gostaram? 

Como eu avisei, capítulo grande, né? 

E sim, eu vou deixar vcs com essa ansiedade sobre o Edmundo e a Annabeth. 😁

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Beijos e até breve!

Assim que possível trago um cap. novo para vcs ✨

𝑩𝒂𝒄𝒌 𝑻𝒐 𝑵𝒂𝒓𝒏𝒊𝒂 | 𝑬𝒅𝒎𝒖𝒏𝒅𝒐 𝑷𝒆𝒗𝒆𝒏𝒔𝒊𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora