Uma escolha

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Aurora e Edmundo se levantaram do chão onde a ventania causada pela névoa os tinha levado, ainda atordoados pelos acontecimentos que se passaram na Sala da Verdade. Olhando um para o outro, viram que estavam chorando.

-Aurora! Você está bem? - perguntou Edmundo, indo até ela.

-Sim. - ela soluçou, enxugando um pouco as lágrimas. - E você?

-Eu estou bem. Mas nunca imaginei que passar por uma sala me deixa prantos desse jeito.

-É, eu também não. - sorriu Aurora, aos poucos parando de chorar.

-Er...Aurora? 

-Hm.

-Tem uma coisa que eu queria te dizer.

-Pode falar, idiota. - ela disse, sorrindo.

-É que...na Sala da Verdade, sabe...eu...descobri que eu... - gaguejou Edmundo, envergonhado.

-O que foi?

-Talvez a conversa de vocês deva ficar para depois, pombinhos. - disse a voz sarcástica da Feiticeira, que apareceu logo em seguida.

Edmundo empunhou a espada e designada para ela, enquanto Aurora colocou a mão no cabo do seu punhal.

-Calma, não será necessária tanta agressividade. - disse a Feiticeira, irônica.

-Você tem duas opções, Jadis: Ou se entrega e morre ou não se entrega e morre. Escolha, já estou cansado de você. -disse Edmundo, severo. 

-Você acha que eu não estou cansada de você também, Edmundo? Eu costumo vencer todas as minhas vítimas logo na primeira vez, mas você está me dando mais trabalho. Só por isso, sua morte vai ser mais lenta e dolorosa, prometo a você. - afirmou a Feiticeira, seu olhar transbordando maldade e ódio.

-A única que vai morrer aqui é você. - declarou Aurora.

-Eu não teria tanta certeza, Aurora. Ou devo dizer: Rory . - disse a Feiticeira, olhando para Edmundo ameaçadoramente. - O que você acharia de ver sua linda namoradinha morta? - ela disse.

-Pra isso você vai ter que me matar primeiro. - ele respondeu.

-Eu suponho que sim. - disse a Feiticeira, com uma risada sinistra. - Vocês dois fizeram muita coisa contra mim, certo? Eu sei de tudo, apesar de não poder sair dessa sala. Sou feita de neblina ainda, não consegui meu corpo humano. E vocês roubaram o corpo que eu estava reservando, isso foi muito rude.

-Que corpo? - disse Aurora, meio confuso.

-Ora, a Alice. Aquela menina que vocês tiraram da Floresta de Gelo. Ela já tinha poderes, desde que nasceu. Quando ela tinha um ano, o pai dela me invocou, ele ficou desesperado porque não tinha dinheiro. Cometeu uma idiotice, pois me ofereceu sua vida em troca de dinheiro, mas enfim. Eu consegui o que queria. A primeira coisa que eu fiz foi acabar com a família dele, e levar sua filha para meu castelo. Ela ficou aqui até completar três anos, foi quando eu mandei para a Floresta de Gelo. Quanto aos poderes...bem, eu os confundi. Por isso ela não tem controle e nem sabe como funciona. Meu plano foi guardado até que fizesse dezesseis anos, então eu me utilizaria da forma humana para ter mais força. -contorne a Feiticeira.

-Você...VOCÊ É UM MONSTRO! - falei Aurora, fora de si. - Ela é só uma criança!

-Você acha que eu me importo? Veja Edmundo, por exemplo. Ele tinha dez anos, ou nove. Mas me serviu muito bem, pelo menos no começo. Na verdade, até hoje ele me serviu de distração. Quando eu estou entediado, é muito bom mandar-lhe pesadelos, Edmundo. 

-Então é você. - ele disse, com a boca seca. 

Frequentemente ele tinha pesadelos envolvendo gelo, a Feiticeira, e coisas do tipo. Já tinha perdido várias noites de sono por causa disso.

-Claro! Quem mais seria? Seu inconsciente? Não, Edmundo. Sou eu, sempre fui eu. Inclusive, é muito divertido ouvir seu grito de medo quando acorda. É muito prazeroso, na verdade. - revelou a Feiticeira. - E eu tive ainda mais acesso aos seus sonhos quando você se afastou daquele leão chato. Quando você esqueceu de Nárnia.

Edmundo estava com os lábios e as mãos tremendo. 

-Bem, o que mais vocês fizeram? Ah sim. - continua a Feiticeira. - Libertaram o Rei Caspian, e fecharam as Portas de Gelo. Eu tentei matar um dos dois, mas até a morte vocês conseguiram reverter. Passaram pela Sala da Verdade. É, vocês se mostraram dignos do que vão sofrer agora, começando por você! - dizendo isso, a Feiticeira fez um gesto em direção a Edmundo, envolvendo-o em uma nuvem azul mágica. Em poucos instantes, ele estava lutando para respirar, com a pele pálida e os olhos fechados.

-EDMUNDO! -Conferiu Aurora. - O QUE VOCÊ FEZ COM ELE, JADIS?

-Ah, algo básico. Fiz uma nuvem de substâncias mágicas e extremamente mortais em volta dele. Vai agonizar até morrer, a menos...

-A menos que o quê? -disse Aurora, chorando.

-A menos que você me destrua. O poder que mantém essa nuvem vem de mim, se eu for destruída ela deixará de existir. Mas escute: você não precisa fazer isso. Quem realmente importa para ser minha propriedade é Edmundo. Se você quiser, pode deixá-lo aqui. Até porque, se me destruir, você vai morrer.

-Por que eu morreria? 

-Eu não sou fisicamente mortal, sou feita de névoa e maldade. Para me destruir você tem que usar todos os seus poderes, usar toda a sua força contra mim. Isso vai esgotar você, literalmente. Antes de fazer qualquer coisa, pense bem: vale a pena dar a sua vida por ele, Aurora?

-Sim, porque eu o amo.

-Mas ele não te ama. Você sabe disso. O que ele fez? Salvou sua vida? Bem, você ressuscitou ele. E depois? Depois ele falou que amava outra garota. Ele machucou você, fez você sofrer por isso e não se importou.

-Isso não é verdade! - rebateu Aurora, chorando.

-Ele não se importa com você, Aurora. Ele não te ama. Por que você daria a vida por ele? De que adianta se importar com alguém se esse alguém não se importa com você?

Aurora sentiu o corpo inteiro tremer, suas lágrimas a sacudiram. 

O que ela deveria fazer? Escutar a Feiticeira ou a voz do seu coração?

✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨

Ficou o suspense, né? O que vcs acham que a Aurora vai fazer? 🥺

Espero que estejam gostando ✨

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Estou indo escrever a continuação agora mesmo, daqui a pouco posto 😘

Antes de encerrar, eu quero agradecer pelos 1K de visualizações que batemos hj! Mto obrigada a cada um (a) que está acompanhando essa história, amo vcs! 🥰

Beijos e até breve! Volto logo 💖

𝑩𝒂𝒄𝒌 𝑻𝒐 𝑵𝒂𝒓𝒏𝒊𝒂 | 𝑬𝒅𝒎𝒖𝒏𝒅𝒐 𝑷𝒆𝒗𝒆𝒏𝒔𝒊𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora