Todos estão reunidos na sala de reuniões, e eu começo a me aproximar, caminhando em direção ao local. "Será que o Hans sabia sobre minha conversa com a dona?". Entro e me sento na ponta, e vejo todos os homens ao redor da mesa me observando. Parece que o Hans saiu espalhando por aí.- A questão dos Rockefeller não é mais um problema para nós, agora temos outras missões, e a principal é encontrar o Valeno.- Leon me encara e acena com a mão. -Dominique, por favor, levante-se - Leon olha para mim, e fico confusa, mas me levanto e vou até ele, vejo o homem ajustar seus óculos e ficar um pouco embaraçado.
- Bom pelo o que vocês sabem a Dominique começou a trabalhar aqui a pouco tempo, Enfim que ela recebeu um novo cargo...agora ela será a sócia da nossa aliança - Assim que Leon diz fico em colisão... não consigo falar ou me mover, "oque foi isso?" Olho ao redor e vejo os capangas me encarando feio e alguns batendo palma com uma péssima vontade. Sem nenhuma reação apenas saio da sala.
- Aí Dominique oque você fez em?
-Hans aparece atrás de mim me seguindo. - Aí dominique não fuja, eu avisei não avisei? Você provoco a chefe agora ela quer que você gerêncie tudo só pra ver sua cara de idiota ela quer ver se você aguenta estar no topo - O homem ri e debocha de suas palavras mentirosas.- Cala boca Hans!!
- Não está feliz? Era oque você queria não?
Ando nervosa pelo corredor. Preciso encontrar a chefe. "Não foi isso que eu quis dizer, ser sócia?" Isso foi imprevisível demais. E se ela estiver me provocando?. Urgentemente, vou à procura da sua sala. Precisamos resolver isso.
- Você roubou meu posto, Dominique! - Hans aparenta nervoso, mas também não tira seu sorrisinho debochado do rosto, chego no escritório, mas a chefe não está.
- Você não tem nenhum mérito pra dizer que roubei seu posto.
- Isso não e justo você sabe quanto tempo estive nessa família? Sou eu quem esteve ao lado da chefe! Por que uma qualquer como você consegue chegar ao topo? - Hans me encara com seu olhar pálido e velho, este homem e obsessivo e totalmente sensível, mas não demostro reação pelas suas palavras então analiso o escritório vazio.
- Oque estão fazendo aqui? - A dona aparece atrás da gente de forma silenciosa.
- Que história é essa? Ficou maluca, oque ela tem para se tornar uma sócia!?
- Dominique pediu para mim um posto maior então eu a dei.
- Enquanto a mim? Eu trabalho pra você a anos eu não sou bom suficiente?
- Hans você aparenta ser bom em alguns assuntos, mas também fracassa em suas ações e isso não me aparenta suficiente.
- Isso não faz sentido! Oque ela tem que eu não tenho?...Ela mal chegou aqui e já tem mais direitos que todo mundo.
- Hans por favor não me atente eu mesma tomo as decisões aqui então por favor saem de meu escritório.
- Senhora, talvez você tenha entendido mau eu não pedi para ser sócia ou algo assim...
- Você mesma me disse ser eficiente, então oque tem de errado em ser minha sócia? Aproveite a oportunidade para me provar seu valor.
- Oque está fazendo, isso e algum tipo de provocação?!
- Não estou a insultando, você pediu um papel maior e ao meu lado você conseguira facilmente oque deseja.
- Mas você não queria provas?! Eu nem....
- Está e sua chance de provar, me prove que e capaz de dar conta da máfia.
- Isso é... Como eu vou dar conta? Ser sócia e algo totalmente diferente e...
- Não importa agora, estarei fora o dia todo, então de conta de tudo, amanhã iremos até o hotel Caputhi ,estou perto de encontrar Valeno.
A mulher sai e fico perdida com a situação. "Ser sua sócia?" Que loucura, mas também não a nada que eu não possa aguentar.
- E Dominique não sei oque você fez, mas conseguiu a atenção que queria.
- Como eu disse não tenho medo dos esforços que estão por vir - Saio do corredor e alta posição. Deixando Hans acompanhado de seu próprio ego.
.......
A noite está estrelada e quieta, o silêncio sempre predomina por aqui à noite. Não consigo dormir, então fico observando o céu pela janela. Não vejo sinal da chefe desde manhã. Bom, não tenho que me preocupar com ela, afinal, ela é a chefe. Mas o que será que ela está fazendo? Talvez esteja em busca de mais informações sobre o Valeno e aquele hotel. Na verdade Isso não importa agora. O que me deixa irada neste momento é o fato de eu ser sócia da máfia. Mais que droga! Como pude deixar isso acontecer? Passei a noite toda sem dormir, sem conseguir pensar em outra coisa. Aquela mulher realmente consegue me tirar do sério.
Analiso as estrelas, tão cintilantes, que iluminam a janela, criando um certo reflexo. No reflexo vejo algo estranho. Ao me virar na cama, percebo que minha porta está aberta. Que esquisito, eu a havia fechado. Saio da cama e vou até a porta, e antes de fechá-la, analiso o corredor, porém, tudo continuava silencioso. Solto um suspiro e volto para a cama. No entanto, sinto algo no meu pescoço."Mais que merda!" Uma corda e puxada firme em volta do meu pescoço porém consigo desvencilhar então sinto uma ardência nos meus pulmões, vejo uma figura de capa preta que pretende desferir um golpe. Ele tenta me acertar várias vezes, mas sem sucesso. Então, pego um abajur e o acerto em sua cabeça, conseguindo derrubá-lo no chão. O invasor não desiste e avança novamente. Sinto uma ardência no meu braço e vejo sangue escorrendo. O sujeito carregava uma lâmina, e quando ele parte novamente para cima de mim, consigo pegar a lâmina de sua mão, e a ponta fina atinge uma de suas bochechas. Percebo pela forma como ele coloca a mão no rosto.
Porém, antes que ele consiga me atacar, algumas vozes preenchem o corredor, e a figura corre rapidamente, jogando-se pela janela, despedaçando todo o vidro. A minha porta é aberta com um grande impacto, e vários homens adentram o local. Assim que a chefe entra, vejo seu semblante.
- O que houve aqui?!
......
O vento bate em minhas costas, e o ar sereno é preenchido pelo som das folhas batendo nas árvores. A mulher, olhando para o horizonte, aproxima mais uma vez o cigarro da sua boca, que inala a fumaça e a bafora como um suspiro.
- Sabe quem ele era? - Pergunto, observando cada movimento da mulher.
- Achei que você soubesse - A mulher continua com o olhar fixo para o céu, e a mente preenchida.
- Como eu ia saber? Se seus homens tivessem sido mais cautelosos, o invasor não teria fugido pela janela - Digo, segurando meu braço ferido, mas a dor latejante me faz soltar um suspiro.
- De qualquer forma, você fez sua parte em proteger nossa base de um invasor astuto.
- Acha que fiz isso por vocês? Eu poderia ter morrido, e isso aqui - Ergo meu braço ferido - É a prova disso.
A mulher apaga o cigarro, e, sem que eu perceba, já está próxima de mim. Ela pega meu braço de forma um tanto desajeitada e o examina.
- Hum, lâmina de needler, de formato simétrico, com duas curvas, mas não são tão resistentes, ele te atacou com uma lâmina? - Ela ri de lado, é impressionante a habilidade dela em identificar o corte...
- Não... Ele me sufocou com uma corda e depois, bem, isso não vem ao caso agora. Por qual motivo me atacariam?
- Quando contratam um invasor, não importa quem seja, eles sempre atacam a primeira vítima.
A mulher retira de seu terno um pedaço de tecido branco, e puxa meu braço um pouco mais pra perto e, com suas mãos frias, sinto-a percorrendo minha pele e um calor repentino que preenche meu corpo. Fico tão focada em seus movimentos que mal percebo o tecido, já amarrado firmemente em meu braço, cobrindo o ferimento.
- Não se preocupe, vou mandar meus homens arrumarem outro lugar para você descansar e pedir para que fiquem de guarda - Diz em um tom firme - Fique bem, amanhã teremos assuntos pendentes para resolver - Afirma antes de seguir até a entrada do palacete, deixando-me sozinha com a noite.
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𝐐𝐮𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐨 𝐜𝐫𝐢𝐦𝐞 𝐬𝐞𝐝𝐮𝐳 (Mafiosa Siciliana e Mercenária Britânica)
RomanceDominique Anderson, uma mulher habilidosa com um passado enigmático, se vê envolvida em uma teia de intrigas e perigos quando é capturada pela temível máfia siciliana. Liderada por uma mulher implacável, cheia de segredos e determinada a gerar mais...