{15} 𝗔́𝗴𝘂𝗮𝘀 𝗳𝗮𝗿𝘀𝗮𝗱𝗮𝘀

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   As lágrimas falsas brilham nos olhares dos magnatas, tudo em vão e uma mentira genuína. Em uma manhã clara, porém coberta de nuvens cinzentas que trazem solidão, as horas passam e os trajes pretos se afastam do caixão após a despedida de Frederio.

- Perdoe-me, mas isto me parece ser um teatro - Murmuro para a chefe ao meu lado.

Com seu cigarro exaltando fumaça, a mulher emana - Isso são os magnatas, uma exalação de mentiras.

- E por que convive com esse monte de gente falsa?

- No mundo de poder absoluto não dá muito para escolher com que andar - Fala a mulher apagando seu cigarro.

- Então, quando partiremos?

- Irei comunicar o Senhor Mendel primeiro.

- Em busca dos Navarros?

- Sim, em busca de vingança.

  Ao longo, observo o Senhor Mende'l e a chefe, os dois então conversam. Observo os magnatas ao redor que se reúnem parecendo destilar fofocas.

- Não tivemos tempo para nós apresentar - Uma bela mulher elegante se aproxima ao meu lado com uma exalação de perfume.

- Ah... Senhorita Mendel...

- Me chame de Elisabeth.

- Tudo bem com a senhora?

- Querida, a vida nós traz muitas surpresas. Porém, nada que não possamos superar. Aliás peço desculpas pelo meu irmão, ele não bate muito bem da cabeça. - declara a mulher um tanto constrangida.

- A não tudo bem - Asseguro para a madame que parece um tanto satisfeita com a resposta. - Eu também quero dar meus pêsames pela morte de Frederio

- Sabe a verdade? Sempre achei Frederio um grande escroto, mas claro, ele era o melhor amigo de meu marido.

- Hum, por que achava senhor Frederio um escroto?

- Um homem sem regras, vivia sem limites...

- Bom, parece realmente ser um homem de pouco respeito.

- Enfim, a morte dele é uma lástima, porém não nos deixou nenhuma boa lembrança.

- Ah, se me der licença, preciso ir...

- Sabe, não entendo por que ela te contrataria como sócia - Fala a madame olhando para a chefe ao longe.

- Somos bastante conhecidas - Isso é desconfortável...

- Nunca ouvi falar de você, não sabia que eram próximas.

- E... gostamos de manter segredo.

- E de onde se conheceram?

- Ah, eu realmente preciso ir... Até - Digo, afastando-me.

   Romero suja suas mãos comendo grelhados. Ao passar pelo velho, ele me encara feio enquanto lambe seus dedos. "Pobre homem nojento", quem diria que um dia eu seria conhecida por ser uma assassina... sem provas.

- Então, sobre o que estavam falando? - Me aproximo da chefe que se encontra sozinha.

- O Senhor Mendel não parece estável, a morte de Frederio o abalou muito.

- Mas você não tem nenhum indício dele?

- Não, ele não sabe nada da morte, ainda acha que foram assassinos responsáveis pelo crime.

- E os Navarros? Devíamos ir até eles.

- E iremos assim que a ceita terminar.

  Eu e a chefe caminhamos até o salão onde os magnatas fazem um grande banquete, o cheiro de peru assado exala no ambiente, o barulho das taças se batendo dá início a uma comemoração.

𝐐𝐮𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐨 𝐜𝐫𝐢𝐦𝐞 𝐬𝐞𝐝𝐮𝐳 (Mafiosa Siciliana e Mercenária Britânica)Onde histórias criam vida. Descubra agora