{19} 𝙈𝗮̃𝙤𝙨 𝙘𝙚𝙡𝙖𝙙𝙖𝙨

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      “𝑉𝑒𝑟𝑚𝑒𝑙ℎ𝑜 𝑚𝑎𝑟𝑠𝑎𝑙𝑎”

  
  Me acesso pelo fogo reencarnado, recapitulando cada passo em seus olhos eclesiásticos, fúnebres em bom tom. O homem de boa aparência gesticula sua taça de gim em suave balanço, lado a lado como um sino, e vejo seus cabelos grisalhos cada vez mais entranhados no rosto pelo calor do ambiente, que, no entanto, começou a esquentar assim que a combustão do silêncio atingiu nosso arredor.

  – Espero que não os machuque – Talvez Domique fique irritada pela minha falta de ação, mas era necessário para manter o fluxo do meu alvo.

– Não irei machucar ninguém, a não ser pela sua colaboração...

– Sou eu que preciso da sua colaboração!

– Hum...a e?

– Entendo meu erro de ter vindo até o senhor sem aviso prévio, aliás, sabendo que nossa máfia não de deve cruzar com a outra...

– Ah, não deixe essas diretrizes de fora. Vamos quebrar uma regra só dessa vez... – O Russo sorri sem mostrar os dentes, apenas revelando sua excitação ardilosa.

– Então espero que entenda que isso é por uma situação familiar...

– Por que considera tanto aqueles magnatas da sua família?

– Questões óbvias, Como negócios, crescimento do império e uma boa parte de apoio.

– Se você os protege, o que lhe garante que eles a protegerão?

– Não preciso que me protejam, são somente uma rede de apoio para atributos da máfia.

– Mais e claro, aliás foi com essas redes de "apoio" que a sua tia caiu por terras.

- Não coloque minha tia no meio disso! - Exclamo, em um certo enraivecimento, Porém recupero minha postura justa novamente.

- Você e igualzinha a sua tia...

- Sei que seus sentimentos por ela ainda o comove

- Sentimentos? A Por favor, o que eu e sua tia tínhamos ficou no passado.

- Bom não vim para falar de sentimentos...Eu vim falar sobre a morte do Conde.

- Ah, sim. Você quer encontrar o assassino, e por isso decidiu vir até aqui. Acha que eu tenho algo a ver com isso ou só precisa de ajuda? - O homem mantém os olhos penetrantes fixos.

- Agora estou considerando ambas as opções.

- Então já adiantamos. Perdeu seu tempo vindo aqui para me acusar, mas pode tornar isso útil aceitando minha ajuda...

- Hum, então quer ajudar.

- Claro, eu a ajudarei a encontrar esse assassino.

- E qual é o seu preço em troca?

- Hum, espetinha, já sabe como funciona. Quero um pequeno favor, mas eu explico depois. Antes... — O Bravta faz um sinal particular para seus Homens. Eu mantenho o foco em sua ação e percebo que estamos totalmente sozinhos no restaurante.

- Então, diga, como pode ajudar?Precisamos mais de respostas do que de suspeitos.

- Conheço uns caras ótimos em investigação, mas o preço é alto - Seu cálice e deposto a mesa.

- Quero resultados! O mais rápido possível. Não vou perder tempo com investigadores à distância. Só preciso saber onde está o assassino, e eu mesma darei um fim.

- Para que sujar as próprias mãos se podemos fazer isso de um jeito mais... supostamente limpo?

- Se eu quisesse manter a sola do sapato limpa, não teria sujado meu caminho de sangue. Esse é meu trabalho e eu o faço com as próprias mãos , não como um idiota que vive sentado, tomando gin a espera que os outros realizem seu trabalho.

- Bom... - O homem coloca sua taça cristalina sobre a mesa e se acomoda na cadeira - Se veio aqui para me ofender, tentativa falha. Então, aceita ou não minha oferta?

  Eu precisava repensar. Confiar nos russos nunca foi fácil, especialmente com as longas história de guerras e disputas territoriais. As facção mantinha-se um em cada canto, fingindo que não havia interferência uma nas outras. Ainda assim, a reputação deles era inegável. Chega um momento em que é preciso aceitar ajuda, mesmo que venha de outro sindicato. Mas não estou aceitando ajuda porque preciso, e sim porque fazer os inimigos acreditarem que estão no comando facilita sua queda.

  - Aceito a sua oferta - Declarei, ajustando meu tailleur, minhas ambições mais afiadas do que nunca.

  - Muito bem agora, venha até aqui... - O homem faz um sinal com o dedo indicador, para minha aproximação. Assim  faço, e ao ficar sobre a mesa e se aproxima do homem, sinto seu hálito quente, impregnado pelo álcool, perto da minha orelha. Ele sussurra calmamente. - Isso irá valer alguns pontinhos - Puxa um papel do bolso, ainda encostado em meu ouvido.

- Quero que o mate, sem deixar rastros e, por favor, sem hesitar...

  Eu me afasto de seu corpo e observo o papel, é na verdade vejo uma pequena fotografia de um homem ao lado de uma mulher e uma criança, aparentemente sua família.

- Quer que eu mate um homem, por qual motivo?

- Não... O motivo ainda não é necessário.

- Ele tem uma filha! Uma criança.

- Eu sei, não sou cego.

- Se isso vale pela sua ajuda, então não será necessário - Afirmo minhas pernas no chão para se levantar.

- E perder seus amigos? Eles ainda estão lá dentro.

  Havia uma porta em um corredor escuro, lembrando-me dos dois que foram levados e... os capangas "Merda!" Ele tinha uma ideia deis o começo. Dominique... ela deve estar bem.

- Sério? Chantagem... Fraco e inseguro. Eu esperava mais de você.

- Não duvide de mim, trato é trato... Você precisa de mim. Sua suposta família vai te achar desvigorosa, e você não quer manchar sua reputação, não é?

- Acha que vivo como vocês? De reputação. De qualquer forma, já aceitei sua proposta e será cumprida - E  necessário dar uma certa confiança ao adversário, fazendo-o sentir-se útil e inabalável.

- É isso que eu queria ouvir! - Ele bate as mãos uma na outra, levanta-se e, em concordância, nossas mãos se uniram em um acordo selado e aprovado.

- E um prazer fazer negócios com.... - Um som alto ocupa o ambiente vazio, deixando então um misto de curiosidade aos olhos de Bravta.

  - Ouviu isso? - O Russo se atenta e vai em  direção da sala do corredor - Me parece ser de lá de dentro.  Então eu o sigo pelo mesmo caminho.

  Ao abrir a porta, o homem se paralisa com a cena e se esquiva no batente da porta. Pelo susto do homem entro rapidamente no quarto frio e com pouca iluminação observo a cena atentamente.  Navarros sendo enforcado por um par de mãos grandes da mulher Russa. E do outro lado da sala, vejo Dominique... com os joelhos sobre um homem, apertando seu diafragma e as mãos em volta de seu pescoço.

- Mas o que é isso?! - A voz do homem Bravta julga a cena.

𝐐𝐮𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐨 𝐜𝐫𝐢𝐦𝐞 𝐬𝐞𝐝𝐮𝐳 (Mafiosa Siciliana e Mercenária Britânica)Onde histórias criam vida. Descubra agora