𝑽𝑶𝑳𝑼𝑴𝑬 𝟐 {13} 𝗘𝗻𝗰𝗼𝗻𝘁𝗿𝗼𝘀 𝗲 𝗰𝗿𝗶𝗺𝗶𝗻𝗼𝘀𝗼𝘀

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  Na reluzente luz do dia, sinto o calor do bule fervendo, anunciando o chá pronto. Com elegância, a empregada nós serve uma xícara cheia de chá, acompanhado de um aroma calmo e doce.

   Observo a xícara com intensidade, o tom do líquido escuro e suas folhinhas mergulhando em movimento. A chefe toma um gole do chá, repousa a xícara na mesa e me analisa por um breve instante.

- Não vai tomar o chá?

  Saio do meu transe e toco na xícara próxima de mim. Ao tocar na alça quente, afasto rapidamente minha mão. A mulher me observando sorri levemente colocando mais chá à sua xícara.

- Esqueci de te perguntar se gostava de chá.

- Sim, eu gosto - Pego levemente na alça da xícara, tomando cuidado para não me queimar. Assopro o líquido e dou um pequeno gole, sentindo o doce do chá. Fecho meus olhos, saboreando.

- Está ótimo... Mas do que é o chá?

- O Tè al Limone, um chá italiano caracterizado por sua mistura de chá preto e suco de limão, oferecendo uma opção deliciosa e agradável para os apreciadores de chá.

- Então, a senhora é uma apreciadora de chá?

- Tenho o bom hábito de tomar um chá de qualidade às vezes para relaxar.

- Entendo - Observo o ambiente ao lado, o enorme palacete, que me faz lembrar um castelo, é impressionante. Também noto o jardim, cuidadosamente mantido, repleto de pinheiros e arbustos.

- Isso tudo aqui pertence à senhora?

- São boa parte de minha herança, Mas tudo foi conquistado por meio dos meus esforços. claro que há mais partes do meu império não e a toa que os Rockfeller estavam de olho.

- E a sua família?

- Não tive parentes por perto, meu pai deixou apenas um legado no meio do crime, mas nunca esteve presente na minha vida. Cresci sobrevivendo nas ruas, mergulhada na escuridão.

- Que sombrio, mas agora você é dona de uma imensa fortuna e poder.

-  Nem tudo o dinheiro e poder possa comprar.

- Tipo?

- Você faz muitas perguntas, por que o interesse?

- Nada, só curiosidade.

   A mulher me analisa, dá outro gole em seu chá, ajusta sua postura no assento e me analisa, aparentemente, está prestes a fazer uma pergunta.

- E você, Dominique?

- Eu o quê?

- Me conte sobre você, tenho certeza de que tem muitas histórias para mim contar.

- Não á nada de interessante sobre mim.

- Me conte por que decidiu trabalhar como mercenária?

- Sem motivo aparente, talvez apenas pelo dinheiro...

- Hum, dinheiro. Sempre influenciando as escolhas das pessoas.

- Você não tem nada a falar, está repleta de dinheiro e pessoas para seguir suas ordens.

- Todos nós temos uma ambição que nos levou ao mundo do crime, e provavelmente você também teve a sua.

- Talvez... O chá estava maravilhoso, mas tenho que ir.

- Espere, tenho um assunto a respeito.

- Qual?

  A mulher faz um gesto para um homem próximo de nós, e o rapaz traz um papel que aparenta ser algum documento.

𝐐𝐮𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐨 𝐜𝐫𝐢𝐦𝐞 𝐬𝐞𝐝𝐮𝐳 (Mafiosa Siciliana e Mercenária Britânica)Onde histórias criam vida. Descubra agora