{21} 𝙏𝙧𝙖𝙩𝙖𝙙𝙤𝙨

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— Eu deixo vocês sozinhos por um momento e quase destroem todo o meu restaurante!

– Mas, senhor... – O asiático tenta se explicar, mas é interrompido.

– Silêncio! Agora estou falando! Vocês são uns... - Porém, antes que o homem possa terminar sua ploriferação de "amor" seu telefone toca.

- Assim, estou a caminho - Fala o russo, e desliga o aparelho seguindo em direção à chefe. - Bom, é melhor irmos...

   A mulher acena com a cabeça e acompanha o homem, é lança um olhar para mim, então seguimos em direção a um carro preto. Navarro nós observa e vê uma ótima oportunidade para ir junto.

- Aonde pensa que vai? - Pergunta Bravta, com seu olhar fúnebre, dirigindo-se ao homem.

- Pra o lugar de onde venho. Já cansei dessa palhaçada! Tenho coisas mais importantes a fazer.

- Ah, é? Que pena, porque você terá que deixar essas coisas de lado... - Bravta segura firmemente seu ombro - Lembra do que eu disse na última vez, não lembra?

- E como eu poderia esquecer! - Responde Navarro, um tanto indiferente - Não é a primeira vez que escuto ameaças do senhor, e saiba que não tenho medo de você. Afinal, sou um Navarro!

- Então, Navarro, venha se divertir conosco está noite... - Um sorriso surge no rosto de Bravta, mas não é algo bom.

- Se divertir? Da última vez que você usou essa palavra, acabamos em um coquetel cheio de idiotas que me infernizaram a noite toda.

- E para nós lembrarmos dos velhos tempos... mas não se preocupe, não será um coquetel desta vez.

Navarro faz uma expressão de exatidão e puxa a gola de seu traje firmemente. - Sendo assim, eu aceito!

- Ótimo! - Bravta pisca para um de seus aliados, que rapidamente segura Navarro - Levem-no daqui!

- A seu desgraçado, acha que pode me enganar! Eu sou um Navarros porra! Um Navarros!

  O homem e levado para dentro do porta-malas de outro veículo. Ele continua a disferir sua raiva porém ela não se plorifera muito quando um pano é colocado em sua boca e seu corpo é jogado como um lixo no fundo do porta malas.

- Bom, agora poderemos seguir nosso caminho em paz - Fala o homem para a mulher astuta antes de adentrar o veículo.

                                ......

- Sabe que, por mais que tenhamos nossas diferenças, eu sempre admirei você? - Seu olhar se inclina para a chefe sentada ao seu lado, mas a mulher o ignora, olhando firmemente para a frente.

- Uau, tão misteriosa - Diz sarcástico - Ei! Coloca uma música aí para a gente - Bravta pede ao motorista que liga o rádio seguindo seu percurso em silêncio.

- Gostam de Nikolai Rubinstein? Ele era um pianista russo, muito habilidoso... ah, como eu amo o som do piano - O homem se ajeita no banco, sentindo um imenso prazer.

- Hum, isso está parecendo um velório. Cadê a animação de vocês?

- Bravta, me diga o que estamos fazendo aqui? - Pergunta a mulher, sem tirar os olhos da estrada.

- Estamos indo para um lugar muito especial!

- Sabe que, se tentar me enganar, possa haver um pesadelo em sua vida.

- Ah, não, não estou te enganando. Apenas quero mostrar algo interessante.

  O silêncio continua a reinar no veículo, mas algo me intriga e aquele perfume amargo mais uma vez que invade minhas narinas de forma tão suave é...Sinto um par de olhos penetrantes me encarando assim que meu rosto se desvia para o retrovisor interno. Rapidamente, desvio o olhar para a janela ao meu lado, quase me esquecendo de que estou sentada ao lado da chefe.

𝐐𝐮𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐨 𝐜𝐫𝐢𝐦𝐞 𝐬𝐞𝐝𝐮𝐳 (Mafiosa Siciliana e Mercenária Britânica)Onde histórias criam vida. Descubra agora