capítulo 106

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_vou seguindo o caminho de casa, e ele indo atrás de mim, esse garoto consegue ter um olhar assustado e desconfiado que eu nunca vi, mesmo não lembrando de alguém como ele, mas seu jeito meio covarde e amedrontado me é familiar.

Kaito: l-licença senhora... - ele se aproxima alguns passos de mim.

S/n: hum? - continuo sem fazer contato visual.

Kaito: assim, eu tenho que ir pra casa, minha mãe vai ficar preocupada, sabe?

S/n: sim, não se preocupa, Jajá você liga pra sua mãe, você não parece ter amigos, ela vai ficar feliz em saber que você agora tem uma.

Kaito: E a gente tá indo pra uma parte longe da cidade, né? - a medida que andando as luzes elétricas vão sumindo.

S/n: não tem perigo por aqui, e mesmo que tivesse, eu me garanto lutando, se a donzela não se garante, eu protejo você também.

Kaito: obrigada... Eu acho. - fala meio envergonhado. - só não me tranca em um porão, por favor, eu prometo não aparecer mais no seu caminho...

S/n: aí garoto, você é meio molenga né? Olha sua altura pra tá pedindo pra não ser sequestrado por mim. - paro olhado a altura dele e ele acaba sem querer topando em mim.

Kaito: desculpa!. - ele abaixa a cabeça.

S/n: quantos anos você tem em? - cruzo os braços ficando de frente para ele.

Kaito: tenho 17, mas vou fazer 18 daqui a dois meses.

S/n: além de mais algo é mais velho... É kaito, você ser meu vice você tem que melhorar em. - respiro fundo e volto a andar.

Kaito: eu sei que.... - ele se toca do que foi dito. - AN!? VICE? Moça, é brincadeira né? Diz que eu ouvi errado por favor.

S/n: você ouviu errado... - ele suspira aliviado.

Kaito: ah ufa, eu sabia, então o que a senhorita tinha dito?

S/n: que você vai ser meu vice, mas você pediu pra eu dizer que ouviu errado, feliz? - sorriu sem mostrar os dentes.

Kaito: moça, você não pode fazer isso, eu não tenho vontade de ser de gangue, eu tô até tentando me livrar deles, por favor. - ele segura meu pulso.

S/n: então isso é um "não" a minha proposta? - eu paro novamente e o olho.

Kaito: isso, eu não posso, eu não sei o que viu em mim, mas eu agradeço.

S/n: ah, tá bom, cê que sabe.... - dou de ombros e puxo meu braço de perto dele.

Kaito: sério? Fácil assim? - ele se curva. - obrigada por me livrar deles hoje, até quem sabe um dia.

S/n: tá indo pra onde?

Kaito: pra casa... Por que? - para de andar na direção contrária.

S/n: não é por que você vai continuar um fracote e recusou minha oferta que não podemos ser amigos, ou é?

Kaito: podemos... Mas você quer ser minha amiga? - ele parecia confuso sem entender a situação.

S/n: sim, eu tava te levando na minha casa não era por causa da proposta não, eu quero sua amizade. - mesmo escuro, nota-se os olhos brilhando com a luz da lua.

Kaito: e-eh.... Ok!. - um pouco de animação se faz presente nele, e vai andando mais perto dela.

_alguns minutos em silêncio até eu abrir a porta e vir um cheiro de comida de dentro da casa.

S/n: tia! Eu cheguei. - tira os sapatos e entra. - vem, fica a vontade. - entro o deixando para trás e indo ao encontro da minha tia.

Tia; oi querida, demorou em... Se divertiu?... - ela tira a visão da panela e vê meu rosto levante vermelho. - s/n nakamura! Você tava brigando?? - ela corre para próximo do meu rosto.

My Little Girl  - Ken Ryuguji (Draken) × s/n Onde histórias criam vida. Descubra agora