CAPÍTULO 01

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Arielly

Fabi: acabou de ocorrer um tiroteio na avenida 05 -gritou enquanto corria para porta do hospital- três feridos, Arielly, preciso urgentemente de você

peguei meu jaleco e entreguei minha bolsa para uma conhecida, mal cheguei no hospital e já ocorre isso, uma loucura.

- Tiroteio na Avenida 05, Três feridos -falou enquanto tirava o homem juntamente com a maca- Dois homens e uma Mulher, a mulher teve uma fratura exposta na cabeça, precisa urgente de cirurgia, Os dois homens contém bala alojada entre a perna esquerda e o abdômen, Arielly, é com você

Puxei uma das macas e corri para o corredor, levei correndo para UTI, precisávamos urgente de mais um cirurgião.

Fabi: sinto em informar , mas você vai ter que fazer comigo -falou entrando na sala e colocando a máscara- tesoura

peguei tudo que precisava colocando na frente dela , tudo que precisava iria pegando, enfermeira tem seus critérios, bons e ruins.

[...]

Fabi: cirurgia 02 , bem sucedida -falou e todos que estavam na sala batiam palmas- quase perdemos o paciente, tinha perdido muito sangue, conteve hemorragia externa, mas conseguimos

Jean: conseguimos mais uma vez -falou enquanto levantava- agora precisamos cuidar urgente da menina que chegou mais cedo, a fratura dela na cirurgia ficou mais aberta e agora ninguém sabe se conseguiram, qualquer notícia irei trazer para todos

passei a mão no meu cabelo que estava preso em um coque, senti ele cair no meu rosto e olhei a hora no relógio, 20:30.

falei com todos conhecidos do trabalho e peguei minha bolsa, meu horário normalmente é até 19:30, mas uma hora a mais não faz mal, afinal, precisavam de um a mais.

entrei dentro do carro e fiquei um tempo parada no estacionamento, vendo o qual cansativo foi hoje e provavelmente será amanhã, estava cansada e querendo apenas uma cama boa para dormir.

dei partida com o carro e nem demorou muito para chegar em casa, subi e abri a porta escutando a maior gritaria que podia ser ouvida de outro condomínio, minha mãe e meu pai, brigando por algo desnecessário.

Patrícia: fala pra seu pai , Arielly -apontou para mim e eu neguei- ele está dizendo que não gosta da sua profissão, juntamente com sua irmã

Brandão: só disse que elas poderiam seguir rumos diferentes, pare de distorcer a história -falou passando a mão na cabeça e dando um gole no seu whisky-

Arielly: vocês sempre discutem sobre isso, e não tem nada o que mudar -falei vendo eles me olharem- por favor , fiquem tranquilos, estamos felizes trabalhando juntas, principalmente felizes em ser enfermeiras e médica, está tudo bem, sem mais nem menos, vão distrair a cabeça, saiam.

minha mãe ficou me olhando e parecia querer falar algo, mas eu ignorei e fui pro meu quarto, dando de cara com a Giovanna.

Giovanna: clima pesado em -falou e eu ri, assentindo- tenho algo ótimo para melhorar, vai ter festinha na rocinha, este final de semana, você não pode me dizer não como resposta

Arielly: caso a senhorita não saiba -falei jogando a bolsa na cama e me sentando na poltrona- meu pai coronel do Bope, e minha mãe advogada, se eu fizer algo de errado, ele me prende e ela claramente não me solta

Giovanna: você acha que eu estudo para que? -falou jogando um travesseiro em mim e eu ri.

Giovanna é minha melhor amiga , desde o maternal, a gente não se dava bem, até sei lá, o quinto ano do ensino fundamental, nossas famílias se conhecem a anos também, mas minha mãe é super falsa com a mãe dela, sendo que a mãe dela é um amor de pessoa.

a gente sempre estudou juntas, ela mora na comunidade da rocinha e mesmo assim frequentava as escolas daqui, com a ajuda do meu pai , quando a mãe dela não possuía dinheiro o suficiente, então ele ajudava porque eu fazia maior escândalo.

hoje em dia faço medicina , recém formada e ela está se preparando para sua última prova de direito, estava ajudando ela com tudo que precisava, ela sempre vinha me ver, já que meus pais não me deixam botar os pés lá.

em tempos livres eu fazia aulas no bope, já que meu pai era coronel, ele me encaixava em qualquer coisa que ele fazia, doido pra ter uma mini dele ali dentro.

eu era noiva , de um sargento, ele trabalhava juntamente com meu pai , foi mais um casamento arranjado, do meu querer não quis muito, mas meu pai e o Heitor quis até demais.

senti meu celular notificar mensagem e olhei vendo ser do mesmo, "chegou em casa amor? queria te ver", Ignorei desligando o celular e prometendo dar atenção total a única que importa.

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Arielly Shenneider Bueno, 19 anos
@isadora_vdl

****Arielly Shenneider Bueno, 19 anos@isadora_vdl

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Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora