13. Montoya babaca

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𝐙𝐎𝐄́ 𝐑𝐎𝐃𝐑𝐈́𝐆𝐔𝐄𝐙
São Paulo, SP ━━ 25-06-2023

𝐙𝐎𝐄́ 𝐑𝐎𝐃𝐑𝐈́𝐆𝐔𝐄𝐙São Paulo, SP ━━ 25-06-2023

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10:30 da manhã.

Estava em casa fazendo o almoço para meus pais, enquanto isso eu pensava seriamente em ir morar com eles, morando sozinha eu me sentia solitária e afastada da minha família e eu não queria isso. Peguei uma colher e peguei um pouco do feijão para experimentar e ver se estava do jeito que meus pais gostam.

── Humm, falta um pouco de sal. ─ Falei para mim mesma.

Peguei uma pitada de sal e joguei no feijão, mexi um pouco com a colher e novamente experimentei.

── Agora sim, está no ponto!

Podem me chamar de esquizofrênica por falar sozinha e consigo mesmo, mas quando você mora sozinha sem mais ninguém acaba desenvolvendo essa mania para se sentir menos solitária.

Desliguei o fogo assim que o feijão atingiu o ponto, escutei meu celular vibrar por notificação, peguei meu celular vendo que o Endrick havia me enviado uma mensagem pelo instagram.

Endrick
Eai loira! Eu quero te falar uma coisa, mas promete que não contará a ninguém?

Fiquei curiosa quando ele falou aquilo, eu não era umas das melhores em guardar segredos e isso todos sabiam, mas eu não podia culpa-lo por não saber, a gente se conheceu fazia um dia.

Zoerodriguezf
Oii Endrick! Pode me falar, não vou contar a ninguém.

Endrick
Bom... Não queria estar te falando isso mas não acho certo o Richard ficar escondendo isso e te iludindo.
No dia da festa na casa dele, ele beijou outra garota.

Quando li aquilo foi como um soco no estômago, ele havia se confessado pra mim, falou que faria de tudo que estivesse no alcance dele por mim, que provaria que gostava de mim.

Nesse momento eu não consegui nem responder a mensagem do Endrick, senti uma mistura de emoções ─ raiva, tristeza e desapontamento. Desliguei meu celular, eu realmente gostava do Richard mas depois dessa comecei a sentir ódio. 

12:00 da tarde

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12:00 da tarde.

Eu tinha terminado o almoço, meus pais e eu estávamos sentados na mesa. Meu sangue ainda fervia de ódio pelo Richard. Todos os sentimentos que eu estava começando a sentir por ele, se transformou em ódio, tirando o fato que eu já tinha ódio por ele ser palmeirense.

Depois de colocar minha comida no prato, eu me sentei, pronta para comer e afogar minha raiva na comida. E eu ainda usei aquele pano sujo de camisa para ir no jogo dele.

Babaca.

Estava bem, tudo indo bem até meu pai vir com a pior pergunta que eu já podia ter ouvido. Eu não sabia se era tristeza ou raiva mas sabia que meu ódio pelo Palmeiras duplicou depois do Richard.

── Filha, por que você pediu a camisa do Palmeiras? ─ Perguntou meu pai, Leonardo.

Respirei fundo para responder, sem ignorância ou grosseria, já que meu pai não tinha culpa do que aconteceu.

── Era pra eu ir assistir um jogo, pai. Nada demais, mas me arrependo, muito. ─ Respondi.

Leonardo estreitou os olhos, ele sabia do meu ódio pelo Palmeiras e que eu não iria atoa para um jogo do PALMEIRAS.

── Eu quero a verdade, Zoé Rodríguez. ─ Senti uma dor aguda no peito quando ele me chamou pelo nome.
── Tudo bem. Eu conheci um cara que é jogador do Palmeiras, Richard Ríos.

Eu não sei pra que fui falar. Os olhos dele tremeram, sua pupila diminuindo e seu rosto vermelho, se isso fosse um desenho animado com certeza estaria saindo fumaça da cabeça dele.

Meu coração disparou, eu sabia bem que ele não gosta de que eu me envolva com jogadores, principalmente pelo fato que a maioria dos jogadores são infiéis ou que engravida e deixa a mulher ─ ele só quer me proteger do sofrimento.

── Vai pro seu quarto, agora. ─ Falou ele num tom firme e grosso, como uma ordem.

Minha raiva anterior atingiu o ápice, eu estava na minha própria casa, ele não podia fazer isso, além que já tenho 19 anos.

── Não, eu não vou. A casa é minha, e eu já tenho 19 anos. ─ Respondi de volta.
── Isso não te dá o direito de me desobedecer, isso foi uma ordem! Vai pro seu quarto agora, Zoé Rodríguez! ─ Retrucou de volta mas agora seu tom de voz era maior.

Meu verde no tricolor ━━ Richard RíosOnde histórias criam vida. Descubra agora