Sangue Puro • Jikook • Vampiro

Sangue Puro | 31

No silêncio da noite, a escuridão não é um impedimento para o humano determinado. Seus passos hesitantes ressoam  no corredor sombrio, sem qualquer iluminação. O ar é denso, repleto de mistério e perigo.

Jimin, temeroso, depara-se com criaturas emergindo das sombras.

As criaturas avançam, Jimin treme de medo. Ele sussurra palavras para tentar se manter calmo, respira fundo concentrando-se. Sua coragem desperta, os olhos brilham. Seus olhos emanam luz, revelando uma aura poderosa. As criaturas recuam, temendo.

Jimin, perplexo, observa as criaturas recuando diante de seu poder. Seus olhos refletem a surpresa e a autodescoberta.

Ele avança pelos corredores sombrios do castelo, decidido a encontrar seu morceguinho. A luz fraca vinda dos buracos das paredes destroçadas revela portas misteriosas. Ao abrir uma, depara-se com uma sala cheia de quadros antigos.

Jimin entra rápido, fechando a porta, temendo que as criaturas possam voltar para atacá-lo.

Nervoso, ele olha ao redor em busca de algum sinal de Jungkook.

Seus olhinhos ansiosos se arregalaram quando Jimin percebeu que, diferente do restante daquele lugar abandonado e sombrio, aquela sala em específico estava muito bem conservada. Limpa, sem paredes ou objetos quebrados pelo chão.

Intacto, o salão extenso revelava muito mais do que um simples local organizado no meio do caos.

Móveis antigos cobertos por lençóis revelam uma grandiosidade esquecida, tapeçarias brilhantes adornam as paredes. Jimin, sentindo uma aura familiar, percebe retratos que ecoam suas vidas passadas. A conexão com o passado se intensifica.

A luz reflete nos olhos assustados ao ver rostos familiares nos quadros. Jimin sente como se estivesse tendo um déjà vu. Ele se aproxima dos quadros, assustado com o que via. Cada imagem conta uma história distinta, rostos familiares em diferentes épocas.

As linhas do destino entrelaçam passados, presente e futuro.

Jimin solta um soluço baixo, sentindo um nó na garganta. Seu interior adia, como uma chama que acende.

É assustador.

— Jungkook... — Sua voz trêmula e fraca pronuncia o nome daquele rosto familiar retratado na pintura antiga. Os olhinhos curiosos e ansiosos descem, enxergando as letras em dourado, bem miúdas, mas o brilho delas ainda chamava atenção. — "jeongguk"?... — Ele continua a buscar informações, lendo as letrinhas miúdas. — Quem é "Jeongguk"? — Murmurou completamente confuso. Os olhos castanhos voltaram na direção da pintura.

Era claro, o tal do "Jeongguk" era o seu morceguinho, disso não tinha dúvidas.

A pintura retratava Jungkook sentado em um trono majestoso, uma coroa formosa se destacava em sua cabeça. Jungkook está com o semblante neutro, suas expressões são indecifráveis, mas Jimin conseguia sentir a emoção e conexão por trás daquela simples pintura.

— Será que Jungkook pediu para pintarem ele e colocar esse nome? — Pensou, mas logo soltou um suspiro sabendo que Jungkook não era aquele tipo de vampiro, afinal, por qual motivo Jeon estaria fantasiado de rei? — Será que ele tem um irmão gêmeo então? — Murmurou para si mesmo, perdido em pensamentos enquanto tentava encontrar alguma conexão entre Jeongguk e Jungkook.

Jimin deu alguns passos para o lado, em direção ao próximo quadro.

Seu coração batia como um louco, desesperado e ansioso, levando adrenalina para todo o seu corpo trêmulo.

— Sou eu...

Assustado, o humano fixou seus olhos no quadro, contemplando seu próprio rosto pincelado naquela tela antiga.