Sangue Puro | 01

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No futuro, as espécies evoluíram dando lugar a seres místicos e diferentes de tudo aquilo que os humanos comuns estavam acostumados a conviver.

Existiam criaturas que variam entre fadas até lobisomens. Mas, nesse futuro, existia uma raça que passou a dominar acima de todas as outras: Vampiros.

Criaturas cruéis que tinham como esporte a caça daquelas mais vulneráveis. Eram como deuses em todo o planeta e ninguém estava acima. Tudo era controlado por eles.

A humanidade estava quase extinta, a não ser por um pequeno humano que morava perto da floresta. Um menino dócil e adorável que vivia em uma casinha feita de madeira e cercada por flores coloridas que ele mesmo fazia questão de cuidar junto à sua fadinha.

Sim, Jimin tinha uma fadinha. Seu nome é Gigi. Um ser pequenininho e suas asinhas brilham na cor azul como dois cristais.

O encontrou caído perto dos arbustos, estava todo machucado e tremendo de frio, tadinho.

Graças a ele, Jimin passa a maior parte do dia sorrindo, a fadinha era engraçada e fazia birra todas as vezes que o humano se negava a deixá-lo comer doces. Era uma fadinha gulosa.

O humano quase não saia de casa, o motivo era simples: Ele é humano.

Um mundo onde existem criaturas ferozes que poderiam parti-lo ao meio em apenas uma mordida e, principalmente em um mundo dominado por vampiros. Vampiros amam sangue humano.

E Jimin é humano, certo?

Morria de medo de encontrar algum e acabar virando uma bolsa de sangue assim como sua vovó contava nas histórias. Ela dizia que desde o início, os vampiros fizeram os humanos de escravos e os torturavam cruelmente, foi assim que a raça humana se tornou quase extinta. Ou totalmente.

Nunca viu um vampiro de perto, por morar bem afastado da região onde a maioria vive.

Ele ouviu histórias sobre eles e o que sabia era graças a sua vovó.

Vivia muito feliz ali com seu amigo fada e suas flores.

— Gigi? Onde você está? — Caminhou em passos lentos até a cozinha procurando pela fada. — Não acredito, Gigi!

A fada estava dentro do pote de doces enquanto mastigava com as bochechas cheias, nem conseguia segurar o pedaço que estava em suas mãos minúsculas.

— Eu disse que iríamos comer primeiro, Gi! Você ficou com dor de barriga na noite passada, lembra? — Balançou a cabeça para os lados negando, enquanto a fadinha o encarava com os olhos azuis arregalados. — Agora você está todo sujo!

Reclamou quando viu o rosto e até mesmo as asas azuis cheias de chocolate. O humano ajudou a fadinha sair do pote e o levou até o quarto. Gigi tomava banho em um potinho em cima do armário.

— Quando acabarmos, vamos colher algumas ervas antes que o sol vá embora. — A fadinha dentro do potinho cheio de água quente assentiu.

Jimin costumava colher as ervas quando o sol estava se pondo. O motivo era porque quando o sol estava forte demais, acabava incomodando seus olhos sensíveis e ele não colhia as ervas direito.

Depois de Gigi se vestir com uma roupa com suas medidas costuradas pelo humano, os dois saíram da cabana e foram em direção a entrada da floresta. Ficava um pouco afastada da casa mas se Jimin fosse rápido, eles voltariam antes do anoitecer.

Porque, um humano nunca poderia sair à noite nesse mundo.

Quando o sol desaparecia no horizonte, e a lua surgia da floresta, as criaturas mais bizarras e cruéis acordavam. E a maioria delas se escondiam dentro da floresta, onde não havia luz. Apenas trevas.

Sangue Puro • Jikook • Vampiro Onde histórias criam vida. Descubra agora