~ Thirty-one;

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Matteo me olhava confuso, todos da sala me olhavam, aliás, curiosos para saber sobre o que eu iria falar

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Matteo me olhava confuso, todos da sala me olhavam, aliás, curiosos para saber sobre o que eu iria falar.

— Lembrei de como meus pais morreram — Falei rápido por estar nervosa com toda essa gente me olhando.

— Que? — Pietro falou parando de rodar na maldita cadeira.

— Lembrei de como meus pais morreram — Falei mais devagar e Matteo me olhou confuso franzindo a testa.

— Ok? — Ele falou, a espera de mais.

— Meu pai falou alguma coisa como "é para segurança dela", eles morreram um dia depois que meu avô. Meu pai disse que eu deveria ser forte e meu tio a mesma coisa.

— Morreram para te proteger — Matteo soltou com uma mão na cintura, ele estava pensando em alguma coisa mirabolante.

— Talvez... Talvez eu seja uma peça muito importante nesse quebra cabeça, minha falsa mãe vivia dizendo que deveria ter me deixado morrer no hospital. E se a pessoa que matou meus pais, também tenha matado meu avô e meu tio. — Matteo me olhou, como se eu estivesse achado a chave, para todas as respostas.

— E se o seu sequestro foi na intenção de te matarem, mas seus seqüestradores não quiseram — Matteo falou juntando os fatos.

— Então eles fizeram tudo que o patrão mandou, me mudaram e colocaram uma menina muito parecida em meu lugar, mas teria que ser alguém que me conhecia muito bem, o suficiente para saber todas minha marcas e reproduzir no corpo dela.

— Uma pessoa que seja da sua família ou próximo de mais para ter contato com a marca dos Pievanni. — Matteo andava para lá e para cá na sala, já estava me deixando tonta.

— E quando chegou a hora dos sequestradores me matarem — Falei parando para pensar.

— Eles não conseguiram — Pietro falou

— Não... Meu pai falso não deixou — Falei me lembrando de todas as vezes que o homem me protegeu. — Ele morreu quando eu tinha cinco anos.

— Messes depois de ser sequestrada — Matteo falou — E se alguém descobriu e mandou matá-lo? Alguém que não quis avisar o chefe para não levar a culpa.

— A única pessoa que poderia articular tudo isso... — A pessoa que me carregou no colo quando nasci, que me deu presentes e que vivia dizendo que me amava.

— Fernando... — Matteo falou em um sussurro.

— Legal agora vamos para Espanha — Falou mexendo o corpo para lá e para cá.

— Uhhh, Hola — Aurora falou e Pietro parou a dancinha esquisita na hora.

— É o que Aurora? — Ele perguntou e a menina começou a rir.

— Olá é Hola em espanhol — Falou rindo do menino ficando vermelho de ciúmes, o que eles são? Não faço a mínima ideia.

— Você vai levar umas palmadas essa noite — Falou e eu imaginei a cena, deu vontade de vomitar.

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