The Taste of Chaos

The Machine - Part I

Elysian Industries || Atlanta, Georgia

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Uma semana havia se passado.

Para Avery, a mais perturbadora de sua vida.

Sua cabeça estava nas nuvens desde o incidente ocorrido no sábado, ela chegou a receber alguns comentários, alegando que Jordan estava se recuperando apesar de toda teimosia. No entanto, passado o último final de semana, ela não soube mais de nada, já haviam dias desde que soube de algo.

E ela não poderia perguntar.

Sua atenção só voltou quando ouviu o nome familiar de sua executiva em uma conversa aleatória enquanto caminhava pelos corredores e coincidentemente duas de suas funcionárias estavam conversando com a porta entreaberta.

─ [...] soube que a Jordan se envolveu em uma briga feia, por isso não está vindo ao trabalho - Victoria Bennett, a assistente de comunicação disse para Alex Davis, a diretora de Software que constantemente estava com os olhos sobre a executiva da CEO ─ Fala sério, ela é a garota de ouro da Callahan, como consegue ser tão irresponsável ao mesmo tempo que é tão inteligente aqui?

─ Isso ainda parece sexy o bastante - Alex sorriu ─ honestamente eu sairia daqui correndo para oferecer toda a ajuda que precisasse se ela pudesse me dar uma maldita chance.

─ Ela não faz o tipo que se envolve com pessoas no trabalho - Victoria respondeu ─ Mas ouvi dizer que ela é bem requisitada apesar de odiar sua própria popularidade.

─ Acho que ela só precisa saber que há alguém interessado.

─ Ou talvez não seja uma boa ideia, não é como se ela não fosse comprometida. Quero dizer, basta olhar pra ela, obviamente ela deve ter alguém - A assistente comentou ─ Mulheres bonitas sempre tem alguém.

─ Isso só não se aplica para a Callahan - Alex retrucou ─ Aquela mulher só sabe trabalhar, eu adoraria conseguir tal feito, não teria que me preocupar com relacionamentos.

─ É bizarro, ninguém sabe realmente como é a vida dela lá fora

─ Ela não precisa ter amigos, já é uma mulher realizada. No final, o dinheiro realmente deve proporcionar tudo

─ Isso parece cruel de ser dito, Alex. Todo mundo precisa de alguém [...]

Avery resolveu desistir de fingir que estava usando o celular e seguiu caminhando como se não estivesse ouvindo nada, ao passar na porta as duas mulheres a cumprimentaram respeitosamente como de costume, silenciando a conversa que estavam desenvolvendo.

Era melhor assim.

Quanto menos as pessoas soubessem sobre sua vida, menos problemas ela teria. Em sua experiência, amizades no ambiente de trabalho invariavelmente desmoronaram, e relacionamentos eram uma fonte ainda maior de desgosto. A lembrança do que ocorreu anos atrás a atormentava incessantemente, criando uma barreira emocional que a protegia.

Entretanto, cada vez que os olhos verdes penetrantes de Jordan invadiam seus pensamentos, era transportada de volta à estaca zero. Seu império parecia prestes a desmoronar na ausência da jovem mulher de olhos esmeraldas e sorriso radiante.

Jordan Mitchell, sem dúvida, era a sua garota de ouro.

Incapaz de ignorar o incômodo persistente em sua mente, Avery tomou a decisão de enfrentar seus próprios medos. Ela deu meia volta, estalou os dedos para chamar a atenção de um de seus funcionários e emitiu algumas ordens rápidas relacionadas às demandas diárias. Com uma mistura de determinação e apreensão, utilizou o elevador para retornar ao movimentado saguão.