Capítulo 16

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Phillip

Passei um dia sem visitar Eloise, porém, tive meus motivos. No outro dia acordei cedo e mandei que arrumassem as crianças, para que fossemos para Aubrey Hall. Eles parecem tão felizes, creio que por ser a primeira vez que os levo para sair.

— Não me empurre! — Amanda disse a Oliver.

— Você que me empurrou! — ele respondeu.

— Foi você!

Suspirei. — Meninos, parem! Tem espaço suficiente para os dois.

Os dois bufaram e cada um foi para um lado do banco.

— Eu gosto muito de andar na carruagem — Oliver disse.

— Então aproveite, pois logo chegaremos.

Os dois passaram todo o caminho olhando pela janela, tão empolgados que senti meu coração aquecer. Porém, Amanda parece quieta demais.

— Amanda, sente algo?

— Não, papai. Eu estava pensando.

— Ótimo que pense, há pessoas da minha idade que ainda não descobriram essa habilidade.

— Jura?

Sorri fazendo que sim com a cabeça, não é uma mentira. — Deve sempre ter suas próprias ideias e estudar bastante. Encontrarei uma preceptora que os ensine a ler e escrever.

— Não perguntou no que penso. — Ela parece chateada, aliás lembro de Marina usando essas mesmas palavras para mim, as duas se parecem. Confesso que às vezes eu acabo me distraindo.

— O que pensava, querida?

— Meus vestidos são feios! — Ela fez um bico.

— A mim parecem perfeitos! — Ela é só uma menina, pensei que crianças usassem sempre as mesmas roupas, não imaginei que ela já tivesse a vaidade feminina. Céus, ainda bem que vou me casar, não faço ideia de como educar e vestir uma pequena dama.

— Não são bonitos quanto os de Eloise. Os vestidos dela brilham.

Eu sorri. — Mas Eloise é uma mulher.

— Eu também sou!

— Claro, claro, mas ainda é uma menina, isso que quis dizer, não precisa preocupar-se com vestidos. Deve brincar e estudar.

Ela não pareceu muito convencida com o que disse, mas voltou a atenção à janela. Quando chegamos fomos recepcionados pelas duas viscondessas, mas não vi Eloise.

— Ela logo vem. — Minha sogra pareceu ouvir meus pensamentos. Lady Violet segurou a mão de meus filhos e os olhou sorridente. — São lindas crianças. Vá ver sua noiva, nós cuidaremos deles.

Amanda me olhou, desconfiada, fiz um carinho em sua cabeça. — Pode ir com a Lady Bridgerton, logo eu e Eloise os encontraremos.

Enquanto ela os levou para brincarem ao ar livre, eu me sentei em uma sala, para esperar minha noiva. Olhava os quadros com as pinturas da família na parede, quando ela entrou.

— Eloise! — Levantei-me sorrindo ao vê-la, não sabia se era possível, mas ela parece mais bonita que nunca, dois cachos de cabelos emoldurando sua face e um vestido verde.

— Então hoje o senhor resolveu aparecer. — Ela parece irritada, será que ficou muito triste com minha ausência no dia anterior?

— Claro, ontem não vim por outros motivos, precisei ir à Londres.

Sua feição mudou, ficou mais séria. — Por que foi à Londres?

— Não sabia que se interessava pelo que faço ou deixo de fazer.

Com amor, EloiseOnde histórias criam vida. Descubra agora