Ajoelhou, tem que rezar

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Meus sentidos estão entorpecidos quando viro de costas e tento escorregar para fora da cama gigante, mas ele me pega no processo pelos tornozelos. No mesmo instante que estou de bruços, ele me vira com um dos braços e agarra meu maxilar com a mão livre.

Gostaria de dizer que estou desesperada, no entanto os olhos dele trancados aos meus, causa um tesão selvagem dentro de mim.

Quero correr de novo, mas só pelo prazer de tê-lo me perseguindo. Deus, o que está havendo comigo?

A força que ele agarra meu rosto é quase doloroso, tenho certeza de que ainda assim ele está se  controlando de alguma forma.

Kai devora minha boca de repente, sem soltar meu rosto. A outra mão obrigando a parar acima da minha cabeça enquanto meus dois pulsos se encaixam perfeitamente dentro de seu punho cerrado.

A língua dele invade minha boca sem pedir permissão, tomando o controle da minha mente enquanto encurrala minha própria língua com a sua.

Mesmo assim, meu gênio fala mais alto e me debato para escapar. Não quero que ele pense que estou me submetendo a sua soberania. Ele que se foda.

Mordo com certa força o lábio inferior do cavaleiro, o suficiente para sentir uma gota de sangue, e tomo um tapa firme na minha cara que me deixa zonza por um instante.

— Filho da puta! — Rosno e como resposta recebo outro tapa.

— Eu mandei tomar cuidado com a porra da língua. —  Seu timbre troveja por todo o quarto, mal parecendo ser humano.

A ardência que deixa em meu rosto é gostosa, porém fere meu orgulho sem dó. Sinto meus olhos lacrimejando e fecho a cara quando me dou conta da reação que tudo isso está causando no meu corpo.

Vejo o resquício do sangue que tirei dele manchando entre seus lábios, é bom saber que também posso o ferir de algum jeito, mesmo que seja superficial.

— Você não manda em mim! — Continuo a me debater e então ele me solta, mas aprnas para que eu me dê conta do que fez.

Meus pulsos estão presos, o metal tilintando conforme bato os punhos contra a madeira da cabeceira onde as algemas impedem que eu tente qualquer outra fuga.

— Você não vai sair enquanto eu não tiver acabado com você.

— Me solta, sua raposa fodida! — Ele continua estudando meu corpo enquanto ignora cada palavra proferida — Kai! Eu vou te matar, porra.

— Calada, bonequinha. Você será minha até eu dizer que terminei com você.

— Eu não quero!

— Não minta para mim. — Kai sussurra com as mãos subindo o caminho em minhas coxas.

— Você não pode fazer o que bem entender comigo, eu não sou sua.

— Muito pelo contrário. — Ambos os polegares dele acariciam o interior das minhas coxas ao mesmo tempo, subindo e descendo ao passo que seu agarre se torne mais firme, começando a doer.

Percebo que é outra de suas punições quando reajo de forma que ele não queira. Azar o dele, não sou do tipo que fala "sim, senhor".

Apesar de que às vezes eu quase chego à beira disso, não quer dizer que vou facilitar.

— Eu prefiro até o Michael do que você. — Cuspo as palavras e ele me analisa por um segundo com a expressão fria até começar a rir.

Uma risada maligna.

— Claro que sim. — Ele debocha — Você não sabe mentir, está se envergonhando. — E então tira o cinto,   balançando o objeto perto do meu rosto — Vai calar a boca ou vou precisar te ajudar? Te dei a chance de clamar por perdão, você se recusou, portanto vai pagar pelos seus pecados.

Lilith's nightOnde histórias criam vida. Descubra agora