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𝓒𝓪𝓼𝓼𝓪𝓷𝓭𝓻𝓪 𝓼𝓶𝓲𝓽𝓱

Com o passar dos dias na cadeia, eu comecei a alucinar, alucinar ligações do Tom e alucinar choros de bebê, eu queria morrer

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Com o passar dos dias na cadeia, eu comecei a alucinar, alucinar ligações do Tom e alucinar choros de bebê, eu queria morrer.

- eu preciso fazer uma ligação... - eu implorava para um dos guardas

- com quem quer falar?

- o pai do meu filho. - era inacreditável, finalmente me deixariam fazer uma ligação

O homem concordava com a cabeça e me tirava da cela - me segue.

Assim eu fiz, o segui pelo corredor comprido, olhando as mulheres presas nas celas, magras e indefesas... uma delas segurou minha mão forte entre a grade.

- não vai com ele! - ela sussurrou

- o que... - eu tentava entender o que ela disse mas logo o policial nos chama a atenção - DETENTA NÚMERO 231, SOLTE ELA.

assim a mulher fez, eu voltei a seguir o mais velho, ele me levou a uma sala, e trancou a porta.

- não estou entendendo... cadê os telefones?

Quando eu olhava para trás, ele estava tirando o cinto, eu senti meu estômago revirar, o ar faltar, a sensação de fuga tomar meu corpo.

- puta que pariu. - tentei correr, chutei a porta e gritei, ninguém ouviu, ninguém escutou.

- vem aqui sua puta. - ele me agarrou pelas costas, e assim aconteceu... aconteceu os piores dias da minha vida, um atrás do outro.

Tom não veio me ver para que eu pudesse o contar, não veio me falar se Nick estava saudável e se tinha tomado vacinas... as alucinações com ele cada vez ficavam mais fortes, foi o que me fez sobreviver, eu ouvia a voz dele, e isso era bom... mas com o tempo eu comecei a ouvir a voz da minha mãe me torturando, me falando aquelas coisas horríveis que ela costumava a dizer, é como se ela fosse a única a nunca me deixar.

{...}

Um dia eu surtei, bati a cabeça na grade com força tantas vezes até desmaiar, acordei com doutores ao meu lado.

- como você se sente senhora Smith?

....

eu não conseguia responder, meus sentidos não me obedeciam, mas com muita força eu consegui dizer com a voz fraca

- eu sou estuprada. - os médicos não entendiam os sussurros, então chegaram mais perto da minha boca para ouvir

- eu sou estuprada todos os dias.

...

ali minha liberdade começou

Passei por vários exames ginecológicos que comprovaram o ato contra a minha vontade, logo depois o juíz quis ouvir minha história sobre minha mãe... eu contei tudo sobre minha vida toda, inclusive o motivo pelo o que eu fiz. Descobri que toda a herança dela ficou pra mim, então eu tinha condições de pagar minha própria fiança, então eu saí.

mas mesmo que tivesse minha liberdade, minha vida de volta... a loucura não foi embora, ela piorou.

As alucinações, o impulso, a vontade de matar, o ódio... TUDO PIOROU. Eu queria meu filho em minhas mãos, queria que ele soubesse que eu era a mãe dele e não a Jessica, era eu! E nem que eu tivesse que ser morta, eu vou o pegar de volta.

Tom, nem que eu te persiga, nem que eu te mate, ele é meu.

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