Not Today

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𝓙𝓮𝓼𝓼 𝓡𝓾𝓽𝓱𝓮𝓻𝓯𝓸𝓻𝓭

minhas mãos alcançam a brecha da janela, eu faço força com os pés e com os braços para subir, nunca tinha feito tanto esforço

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minhas mãos alcançam a brecha da janela, eu faço força com os pés e com os braços para subir, nunca tinha feito tanto esforço... levantar todo seu corpo apenas com as mãos? Principalmente eu que odeio exercícios físicos, isso é coisa que o The Rock faz em filmes, mas ali... sob pressão eu consegui.

- puta que pariu. - eu dizia com metade do corpo para dentro da brecha da janela, não havia ninguém no banheiro, eu precisava ser rápida, passei o resto do meu corpo e caí no chão (igual um saco de bosta)

- aí caralho. - eu resmungava já me levantando, dava batidinhas na roupa e espiava pela porta, vários e vários convidados... todos distraídos conversando, eu olhava no celular e já dava meio dia, logo uma música começa a soar na igreja, todos param de conversar e olham para trás... ela estava entrando.

- Tom... - eu olhava para frente, lá estava ele, de terno, esperando ela no altar.

eu sacudia a cabeça, era agora, todos estavam distraídos e a Cassandra havia saído do camarim, era agora.

Tudo se passou em câmera lenta quando eu abri a porta do banheiro e saí correndo até o fundo da igreja, eu vi ela entrando com um vestido vermelho enorme, sorridente... a barriga, a enorme barriga.

- onde você vai? - eu me trombei com um segurança, eu me distraí, puta que pariu a primeira regra era eu não me distrair.

- desculpa senhor... eu estou tento um ataque de ansiedade, sou melhor amiga da noiva, meu remédio está dentro do camarim. - meus olhos enchiam de lágrimas

- eu vou checar... - eu via ele colocar a mão no rádio, mas antes que ele fizesse isso, eu fingia falta de ar.

- socorro... - eu fingia não respirar, ele ficava sem reação, eu ia desfalecendo no chão, ouvia o padre começar a falar, agora minha ansiedade estava de tornando real, ela já havia chegado no altar

- meu remédio... - eu apontava para o camarim

- vou pegar, onde está? - ele dizia preocupado se agachando do meu lado

- na bolsa preta. - eu chutei que ali tinha uma bolsa preta, ele saía em direção ao local, assim que ele virava as costas eu me levantava de vagar e procurava algo pesado e... UMA SANTA! Uma estátua.

- me desculpa. - eu olhava para cima, nem acreditava mas... vai que né.

Eu seguia na direção que ele foi, ali eram os camarins, vi ele revirando várias bolsas pretas.

- não acho esse remédio! - ele dizia irritado, eu chegava perto e quebrava a santa na cabeça dele, ela se despedaçava em vários pedaços, ele desmaiou. Chequei mas não vi ferimento, creio que ele só apagou, eu espero.

- os votos, por favor. - Eu ouvia o padre dizer

- merda! - ali era sorte, era minha única chance... minha única chance era o celular da Cassandra estar ali naquele camarim, eu revirei as bolsas e mochilas, caíam batons caros, espelhos... nada.

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