Pilot

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𝓣𝓸𝓶 𝓚𝓪𝓾𝓵𝓲𝓽𝔃

Passamos uma semana no hospital com e Jess e com a Lizzy, escolhi que daria esse apelido para nossa menininha

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Passamos uma semana no hospital com e Jess e com a Lizzy, escolhi que daria esse apelido para nossa menininha. Jessica deu melhora nos pontos e já poderia sair, mas Lizzy... ela não estava melhorando, os pulmões ainda estavam fracos e precisavam das máquinas para respirar.

- Senhora Rutherford, você já pode ir... é só cuidar dos seus pontos e tomar os antibióticos como o prescrito.

- certo, obrigada. - eu ajudava a menina a se levantar - você tem previsões de quando Elizabeth pode sair?

- não... tudo depende dela.

- certo.

eu consegui ver durante essa uma semana que ela não estava bem, esteve preocupada e ansiosa. Desde que deu a luz não conseguiu ver a própria filha, e eu sabia que aquilo estava corroendo ela.

- vai dar certo, Jess... - eu entregava o boné para a mesma, para disfarçar a própria identidade

- vai sim. - ela o vestia

{...}

Abrimos as portas de casa

- olha quem chegou, é o papai? - Georg dizia descendo Nick da cadeira, ele vinha dando passinhos corridos e risonho até mim.

- Oi meninão! - eu pegava a criança no colo, ele dava gritinhos e logo pedia colo pra Jess, ela o pegava

- Ei, precisamos conversar. - Georg me chamava ao ver a menina distraída, eu o segui até a sala

- cara, tinha uns homens de terno rodeando aqui hoje... não é muito comum ver homens de terno na praia num calor da porra desse, não é?

- acha que ela sabe? - eu olhava para trás, Jess ainda distraída com Nick

- sim, quase certeza que são homens dela.

eu suspirava preocupado

- não podemos fugir daqui, por causa da Lizzy...

- vai você, ela e o Nick, eu e o Gustav cuidamos da Lizzy

- Jess não vai aceitar Georg

- vocês não tem opção, mano.

- do que vocês estão falando? - a morena chega na sala com o bebê no colo

Tentamos disfarçar ao ver a menina atrás de nós

- assuntos bobos e... - Georg tentou despistar

- Georg, as paredes são de madeira, da pra ouvir a conversa.

- Foi mal. - o menino coçava a cabeça sem graça

- o que acha, Tom? - ela perguntava

- Jess... eu concordo com ele, não temos opção.

- quer deixar nossa filha aqui entubada sozinha? É isso que tô ouvindo?

- Vão levar o Nick e - a menina me atrapalhava a acabar de falar

- Foda-se, Que leve! Mas minha filha não, Ela não!

Eu me recusava a ouvir isso que saiu da boca dela, não era ela que dizia ser mãe do Nick?

- retira isso agora. - eu dizia, aquilo foi um tiro no centro do meu peito - retira agora, Jessica!

- sabe por que não retiro? Porque se ela morrer no hospital e eu não estiver por perto não sei se vou aguentar a culpa, Tom!

As lágrimas da menina saíam com dor

- Não se troca um filho pelo outro, não é assim que funciona. - eu ia em direção a ela, tirava Nick de seus braços

- Gente, calma aí... - Georg tentava amenizar

- não, deixa ele... pode levar o Nick e fugir de novo, se nossa filha morrer eu vou estar aqui esperando. - a menina saía batendo os pés no chão até a saída da casa

- mas que merda, puta que pariu. - Nick me olhava, os olhinhos clarinhos querendo começar a chorar por conta da gritaria, decidi que o levaria para praia, talvez fosse melhor tentar fazê-lo esquecer a gritaria que acabou de ouvir

- quer vir? Vou levar ele pra colocar os pezinhos na água. - chamei Georg

- vamos. - ele me deu tapas no ombro

Andamos até a porta, assim que a abrimos, Jessica indefesa com um cara apontando uma arma em sua cabeça, e Cassandra do lado de menina.

- ora ora... quanto tempo, meu amor.

A loira usava joias por todo o corpo, diamantes e ouro... seguranças por toda parte

- não quero muito papo com você, estou meio magoada, sabe? - ela vinha até mim mexendo no próprio cabelo - me entrega ele e eu não mato sua esposa e sua filha.

Meu corpo estremecia, Nick em meus braços dava risadinhas para Cassandra que fazia caretas para ele quando se aproximava de nós. Enquanto tudo acontecia, eu só conseguia olhar para Jess, a boca tampada pelas mãos de um homem 3 vezes maior que ela, as lágrimas que molhavam seu rosto e o corpo trêmulo, minha pressão caiu e as vozes se distanciaram

- Tom, ei. - a loira estralava os dedos na minha cara - presta atenção no que tô te falando, cacete.

As mãos da mulher seguravam o bebê e tentavam o tirar de mim, eu não deixei.

- solta...

- não. - com apenas um gesto que ela fez com a cabeça, todas as armas apontavam para mim, eu não tive escolha, não tive!

- por favor não faz isso. - eu implorava - meu filho não, por favor.

- tá na hora de dividir, não acha? - ela tirava ele das minhas mãos, Nick começou a chorar ao ver que estava indo embora, o segurança tacou Jessica no chão e seguiu Cassandra. O que eu poderia fazer contra 20 homens armados? Nada, não poderia fazer merda nenhuma.

- liga pra polícia! Georg! Liga pra polícia! Por favor... - eu gritava vendo o helicóptero levantar voo e a areia voar para todos os cantos, minha única esperança de ter meu filhos em mãos agora era a porra da polícia fazer o trabalho deles.

- Tom, cortaram o telefone! - Georg gritava

- cacete.

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