Jail

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Jessica Kaulitz

voltamos para casa, até onde Tom me atualizou, Nick estava ficando conosco, mas não falou nenhuma se quer palavra com ele ou com a Lizzy, ele mal comia, se trancou no quarto e ficou lá desde então

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voltamos para casa, até onde Tom me atualizou, Nick estava ficando conosco, mas não falou nenhuma se quer palavra com ele ou com a Lizzy, ele mal comia, se trancou no quarto e ficou lá desde então.

- Ei... posso entrar? - bati na porta, ele não respondeu, a abri devagar e o menino estava encolhido no canto da cama

- o que você quer, Jessica? - o loiro respondeu sem me olhar

- podemos conversar? - me sentei ao lado dele, o mesmo se afastou

- não, não podemos.

- você quer ficar em outro lugar? Podemos arrumar outro lar adotivo pra você.

- sim, eu não quero ficar com a pessoa que matou minha mãe - ele me olhou, mas dessa vez me olhou com raiva

- eu não sei o que está sentindo, mas saiba que eu não tive opção. Se coloque no meu lugar Nick, eu tive opção? Se apontassem uma arma na minha cabeça e na cabeça da sua mãe, você me salvaria ou salvaria ela? É óbvio que você salvaria ela e foi isso que eu fiz com a minha filha.

ele suspirou

- quando ela te levou... eu fiquei arrasada, porque eu te amava muito, cuidei de você e amava quando você ria! Você ria quando a Elizabeth se mexia na minha barriga e só dormia perto de mim, eu te chamava de filho.

- não sou seu filho

- você foi meu filho... você era meu filho até te levarem e eu achar que estava morto! - limpei as lágrimas
do rosto - Quando você deu seus primeiros passos eu chorei tanto, mas tanto Nick! Foi no seu aniversário de um aninho, você andava até a água e queria entrar no mar sozinho... era muito esperto. Cassandra já te contou coisas assim? Coisas de quando você era bebê? Coisas que ela apreciava em você?

ele se quietou

- Nick, ela já te bateu?

- não, ela nunca me bateu, por que?

- eu conheci a mãe da Cassandra... e ela era naquele jeito porque foi muito judiada pela sua avó, por isso ela matou a própria mãe. Eu quero que você entenda, que uma hora ou outra, ela ia fazer isso com você... ela estava doente, por mais que não fosse a intenção dela, uma hora ou outra quando perdesse o controle ela ia fazer.

- ela nunca me maltratou, por que faria isso agora?

- eu conversei com o psiquiatra em que ela frequentou... ele me explicou que os níveis da doença vão se agravando com o passar dos anos, você percebeu que ela andava esquecendo as coisas com facilidade?

- sim.

- ela ia te maltratar, Nick... me desculpa por ter feito o que eu fiz, mas por favor, entenda que eu não tive escolha! Ela não ia parar até levar meu marido embora ou matar a minha filha, foi a mesma coisa com você, eu não podia permitir de novo.

o menino passou a mão no rosto e pareceu pensar

- por favor, nos deixe cuidar de
você... - entreguei na mão dele uma caixa cheia de fotos dele bebê, fotos nossas sorrindo nas praias do Brasil, fotos dele cheio de farinha que derrubou no chão e em si mesmo, parecia até um floco de neve, fotos dele dormindo ao lado da minha barriga enorme... vi ele soltar um sorriso ao ver uma por uma

{...}

- vai levar tempo, muito tempo... mas eu vou tentar te perdoar, Jess.

Tom Kaulitz

eu passava no corredor, perto do quarto onde Nick estava, quando escutei risadas

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eu passava no corredor, perto do quarto onde Nick estava, quando escutei risadas... risadas? Estranhei mais ainda quando pareciam risadas da Jessica. Espiei pela porta, os dois estavam vendo fotos antigas, rindo e falando bobagens, foi a primeira vez que eu vi o garoto abrir a boca desde a morte da Cassandra.

- o que vocês estão vendo aí? - entrei

- olha aqui pai! É o Georg todo cagado no mar. - ele me mostrava a foto rindo, eu ri também, mas senti meu coração acelerar quando ele me chamou de pai, aquilo me deu vontade de pegar ele e tacar ela janela, mas não me entendam de um jeito ruim... é fofura. - então quer dizer que já te apresentaram o Georg... ele é meu melhor amigo.

- sim! Jess estava me contando... cacete olha essa! - ele deu uma gargalhada, naquele momento eu percebi, a risada não mudou nada.

Olhei para Jess e ela estava quase chorando vendo ele olhar as fotos empoeiradas que nós não tínhamos coragem de abrir pra olhar

...

- Nick, nós amamos você. - eu falei, ele pareceu surpreso com a palavra

- ah desculpa, eu não era acostumado a ouvir isso... - ele ficou sem graça

- mas agora vai ser! Vem aqui seu
bosta. - baguncei o cabelo dele e fizemos morrinho.

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