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Eu odiava morrer e aquela tinha sido a terceira vez que acontecia. Sempre ficava irritado quando empacava em alguma fase de um jogo que estava desenvolvendo, ainda mais quando encontrava um erro de programação que me fazia perceber a inexistência de uma solução que não fosse o game over.
Respirei fundo, tirando os óculos de realidade virtual e esfregando os olhos pesados. Saí do estúdio de jogos para descansar um pouco e segui até meu quarto, onde havia uma mistura organizada de caos tecnológico e livros de programação espalhados pela estação de trabalho.
Talvez tenha perdido a noção de quantas horas passara focado naquele enigma que precisava resolver, porque quando me joguei de costas na cama, senti que meu cérebro parecia estar em curto-circuito.
Meus ombros doíam e meu pescoço estava completamente tensionado, podia sentir que teria uma péssima noite se não tomasse um relaxante muscular antes de dormir. Por isso, levantei-me a contragosto e caminhei até o frigobar que ficava do lado oposto ao da cama.
Nossa casa era grande demais para que precisássemos nos deslocar o tempo todo até a cozinha, sendo assim, tanto eu quanto meu irmão gostávamos de manter um pequeno refrigerador em nossos quartos.
Para minha frustração, não encontrei nenhuma garrafa d'água no eletrodoméstico, apenas alguns dos meus sucos e uma última lata de cerveja. Respirei fundo e praguejei mentalmente por não ter feito reposição das garrafas mais cedo, já que agora eu precisaria deixar o conforto e a segurança do meu quarto, para atravessar a casa e ir buscar o que desejava na cozinha.
Não seria um grande problema se fosse um dia como qualquer outro. Mas naquele em específico, meu irmão estava recebendo os amigos e eu meio que detestava todos eles.
A diferença de idade entre mim e Jungkook era de apenas um ano e sete meses, mas nossa relação nunca foi das melhores.
Sempre gostou de andar com pessoas de caráter duvidoso, tão inconsequentes quanto ele. Para o meu azar, não adiantava todo o esforço que eu fazia para não ser relacionado a Jungkook, em qualquer lugar em que pisávamos, as pessoas sabiam quem éramos.
Ouvi o som das risadas quando caminhava pelo corredor iluminado no segundo andar da casa. Não sabia exatamente onde ele estava reunido com os amigos, mas algo me dizia que precisaria cruzar com o grupo em algum lugar quando descesse a escada.
O térreo da nossa casa possuía uma sala muito ampla e com uma extensa parede formada por portas de vidro, que estavam completamente abertas de forma que o ambiente interno se unificasse com o externo: uma varanda com lareira rústica no centro de chaises e poltronas. Um pouco mais além, a piscina com borda infinita iluminada que alternava cores coloridas - algo que eu detestava, mas Jungkook adorava.