Intertwined destinations - Tayvis

chapter twenty three - we want violet's custody

Violet Kelce, Point of view
Kansas City, USA

No silêncio da noite, envolvida pela penumbra, fui acordada abruptamente pelo eco de um pesadelo. Meu coração pequenino palpitava freneticamente, e eu tremia sob o peso dos meus medos noturnos. As imagens assustadoras ainda pairavam na minha mente, envolvendo-me em uma teia de desconforto e insegurança.

Com Woody, meu ursinho de pelúcia fiel, abraçado contra o peito, levantei-me da cama num ímpeto, determinada a procurar refúgio no único lugar que me transmitia segurança: o quarto de papai. O corredor, normalmente silencioso e acolhedor, parecia um labirinto sombrio à medida que eu avançava.

Ao abrir a porta, a luz suave do quarto do papai desenhou contornos reconfortantes, mas a ansiedade continuava a latejar em meu peito. Caminhei até o lado da cama onde papai e Taylor dormiam, os dois entrelaçados em um sono sereno. Minha voz, embargada pelo medo, sussurrava o nome de papai, buscando o consolo que apenas sua presença poderia oferecer.

"Papai... papai... papai, acorda por favor"

No entanto, o sono profundo mantinha papai imerso em um mundo distante, inatingível pelas minhas palavras aflitas. A impotência crescia em mim, refletida em lágrimas silenciosas que escapavam dos meus olhos.

"Papai, eu preciso de você, papai. Acorda papai"

Foi então que Taylor, como uma guardiã da noite, despertou da paz do sono. Seus olhos gentis encontraram os meus, agora repletos de temores infantis. Sentando-se com carinho na cama, ela estendeu a mão para mim,"Violet?"

Sem esperar por uma resposta, TayTay me levantou delicadamente, perguntando o que aconteceu. "Minha princesa, o que aconteceu?" ela perguntou, enquanto secava as lágrimas que teimavam em rolar pelo meu rosto.

Enquanto ainda me debatia entre o medo e as palavras que se recusavam a se formar, ela me segurou com firmeza, oferecendo-me a segurança que só uma mãe poderia proporcionar, mas ela não é minha mãe...

"Pesadelo, TayTay" Meu peito apertado ansiava por conforto, e a ternura nos olhos de Taylor era a luz que eu precisava.

"Está tudo bem agora, meu amor. Você está segura aqui," murmurou e com uma calma serena, fez-me sentir como se o mundo estivesse se alinhando novamente.

Diante da minha incapacidade de expressar o horror que ainda ecoava dentro de mim, Taylor abraçou-me, compreendendo que nem todas as feridas precisavam de palavras para serem curadas. No refúgio do abraço caloroso dela, minhas lágrimas encontraram um abrigo seguro.

Agarrada a ela, sentia-me envolvida por uma ternura que dissipava os resquícios do pesadelo que ainda ecoava na minha mente infantil. O peito de Taylor, uma muralha protetora, absorvia cada soluço, transformando a angústia em acalanto.

Enquanto minhas lágrimas lentamente cediam lugar à serenidade, TayTay acariciava meus cabelos com destreza. Seus dedos desenhavam traços suaves, como notas de uma canção silenciosa que embalava minha alma.

"Você quer me contar sobre o que viu?" Quando finalmente o pranto cessou, Taylor, com toda a paciência do universo, perguntou novamente sobre a razão das lágrimas que umedeciam sua blusa do pijama. A sinceridade daquele instante permitiu que minha voz, ainda frágil, se erguesse para compartilhar meus temores noturnos.