chapter thirty - you have no idea what it's like to be bad, honey.

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Violet Kelce, Point of view
Calgary, Canadá

Nunca antes, em meus curtos anos de vida, senti falta dos meus avós maternos. Tudo porque sempre tive a família de meu pai, ao meu redor. Era uma família calorosa e unida, que sempre me tratou com carinho e afeto.

Mas quando conheci meus avós maternos, percebi que as coisas poderiam ser pior do que eu imaginava. Era como se o sol tivesse se escondido atrás das nuvens, deixando um vazio desconfortável em meu coração pequenino.

Eu nunca poderia imaginar que essa experiência seria tão dolorosa. A casa deles, embora cheia de fotos e lembranças da minha mãe, parecia fria e distante. O abraço da Angelina não era tão acolhedor quanto o de Taylor, da vovó Donna e da tia Kylie,e o sorriso do meu avô não era tão reconfortante quanto o do papai, tio Jason e vovó Ed.

De repente, me vi mergulhada em um mundo estranho, onde cada gesto e palavra eram tingidos por uma tristeza que eu ainda não conseguia compreender. Mesmo tão jovem, sentia-me como se estivesse flutuando em um mar de emoções desconhecidas, lutando para encontrar meu caminho de volta para a segurança dos braços de minha verdadeira família.

E naquele momento, enquanto olhava ao redor daquela casa estranha, percebi que o verdadeiro lar não estava nas paredes frias ou nos móveis antigos, mas sim nos corações calorosos e nas risadas alegres daqueles que realmente me amavam.

Já se passavam quase quatro dias desde que cheguei aqui, e a fome começava a apertar meu estômago pequenino. Angelina sempre me oferecia uma mamadeira quando eu estava com fome, mas não era a mesma coisa que uma comida de verdade. Eu queria um prato cheio de macarrão, como o que 0 papai costuma fazer para mim.

Mas eu não podia dizer que estava com fome. Toda vez que eu tentava, a minha "avó" começava a gritar, chamando-me de dramática e irritante. Ela dizia que, quando Averie era pequena, não era tão difícil como eu estou sendo, e que ela sempre obedecia às ordens dela. Eu só queria poder falar que estava com fome sem levar uma bronca.

Angelina brigava comigo o tempo todo. Ela era grossa e não brincava comigo como Taylor fazia. E às vezes, quando eu fazia ou falava algo que ela não gostava, me ameaçava com uma palmada. Eu não entendia por que ela estava tão brava comigo. Eu só queria voltar para casa, para os braços seguros do meu pai e da minha família de verdade. Eu odeio ela, eu odeio estar aqui!

O vovô Christopher era completamente diferente de Angelina. Ele era gentil e bondoso comigo, o que me deixava surpresa, pois não esperava esse tipo de tratamento vindo dele. O vovô ficava comigo até eu dormir, contando histórias e cantando canções de ninar para me acalmar. E quando Angelina não estava por perto, ele me dava comida de verdade, mesmo que fosse escondido, porque ela não podia saber... é o que ele diz.

Ele sempre me abraça forte, como se quisesse me proteger de tudo de ruim que estava acontecendo ao nosso redor. Brincávamos juntos, e ele me fazia sorrir mesmo quando eu estava triste. E quando eu dizia que sentia falta do papai e da Taylor, ele me consolava, dizendo que logo estaríamos juntos novamente.

Eu não entendia por que ele era tão bom comigo enquanto Angelina era tão má. Mas eu agradecia a cada momento de bondade que recebia dele, pois me fazia sentir um pouco de conforto em meio a toda essa confusão.

A campainha tocou, e meu coração disparou de excitação. Eu sabia que era meu pai ali, pronto para me levar para casa. Mas antes que eu pudesse correr até a porta, Angelina segurou meu braço com força, impedindo-me de me mover.

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