Intertwined destinations - Tayvis

chapter twenty four - i'll be by your side

Travis Kelce, Point of view
Kansas City, USA

"Travis, queremos a guarda de Violet"

Cada palavra, uma gota de combustível em meu coração, desencadeando uma correnteza de sentimentos que haviam repousado em calmaria por anos. O calor da notícia borbulhou em minhas veias, as chamas de uma narrativa antiga ganhando vida sob a superfície tranquila do presente.

Quando Averie partiu, um capítulo angustiante de minha vida começou a se desenrolar. No mesmo instante em que ela se despediu deste mundo, Violet chegou, um presente e um turbilhão de emoções colidiu no centro do meu ser. A notícia devastadora foi compartilhada com os pais de Averie, mergulhando-os em uma dor inimaginável, mas, ao mesmo tempo, plantando as sementes de uma batalha pela guarda de Violet.

Os pais de Averie clamavam pela responsabilidade de criar a neta, baseando-se no laço sanguíneo que os unia a ela. No entanto, eu, obstinado em assumir o papel de pai, resistia a essa ideia. Minhas raízes familiares se estendiam em Kansas City, enquanto os pais de Averie buscavam estabelecer sua presença em Calgary, no Canadá.

Nossos corações se entrelaçaram em uma disputa, um duelo emocional entre o direito sanguíneo e o compromisso paterno. Os pais de Averie, descrentes de que eu, um jogador de futebol americano com um relacionamento breve com a filha deles, pudesse ser uma figura paterna adequada, clamavam pelo direito de criar Violet em um ambiente que consideravam mais estável.

A batalha que se desenrolou entre mim, Angelina e Christopher, pais de Averie, foi mais do que uma disputa legal. Era uma luta pela custódia, sim, mas também uma batalha por respeito, pela validação de que eu, como pai, era digno de criar e moldar o futuro de Violet.

As palavras, afiadas como lâminas, voaram durante as discussões acaloradas. Acusações pairavam no ar, ecoando a desconfiança e a incompreensão. Os embates verbais ecoavam pelas paredes, as lágrimas de Averie ainda úmidas em nossos rostos. A própria essência de quem eu era era posta em questão, enquanto lutava não apenas por Violet, mas pelo direito de ser seu pai, um direito que transcende o tempo que eu compartilhei com sua mãe.

Contudo, no olho da tempestade, o apoio das nossas famílias emergiu como um farol, lançando luz sobre o caminho a seguir. O apoio e incentivo meus pais, irmão, cunhada, melhores amigos, colegas de time, o treinador e minha equipe, foram pilares que sustentaram a minha determinação. O embate legal tornou-se uma batalha conjunta, onde não só lutávamos pela guarda da minha filha, mas também pela nossa capacidade de proporcionar a ela um ambiente amoroso e estável.

Após uma luta árdua e uma batalha judicial que reverberou nas entranhas da nossa história, a decisão final foi minha. A custódia de Violet seria mantida por mim, o pai que tinha escolhido abraçar sua paternidade, independentemente das adversidades.

Os anos seguintes, entretanto, mostraram que os pais de Averie não estavam dispostos a desempenhar um papel significativo na vida de Violet. A visita deles era rara, o interesse escasso, e o amor que uma vez parecia inquebrável começou a se dissipar. O tempo se movia, mas sua presença na vida de Violet permanecia esporádica.

Três anos de silêncio pairavam entre nós, e agora, de repente, eles emergiam, clamando pela guarda de Violet??? A confusão e a raiva tumultuaram meu coração.

A mensagem deles reverberou através das sombras do passado, reabrindo feridas antigas. O nervosismo pulsava em minhas veias quando, cheio de indignação, comecei a digitar uma resposta que ecoava o desejo inabalável de proteger minha filha. Meus dedos, hesitantes, pairaram sobre as teclas do telefone, como se temessem a tempestade que se aproximava. Então, com uma determinação contida, comecei a digitar. Cada letra, uma expressão das emoções que há muito tempo escondia sob camadas de silêncio.