Taylor Swift, Point of view
Rio de Janeiro, BrasilSaí do palco, mergulhada em uma mistura de êxtase e exaustão, sentindo cada batida do meu coração reverberar em cada célula do meu corpo. Era como se o calor da energia emanada pelos meus fãs tivesse penetrado minha pele, deixando-me ensopada não só de suor, mas também de uma profunda conexão com aqueles que me seguiam, que me apoiavam.
Enquanto me movia pelo palco em "All Too Well", a música pulsando em minhas veias, vi rostos, rostos de devoção, de paixão, mas também de necessidade. Vi fãs implorando por um alívio, por um simples gole de água para acalmar a sede que o calor do estádio provocava.
Mas havia algo mais, algo além do alcance dos meus olhos naquela imensidão de fãs. Um murmúrio de desconforto, um clamor abafado pela música, mas ainda assim audível para os meus sentidos alertas. Não sabia o que estava acontecendo naquela pista, mas sabia que precisava fazer algo a respeito.
Lancei uma garrafa para um deles, um gesto impulsivo, mas cheio de compaixão. Pedi à minha equipe que distribuísse água para os outros, consciente de que cada gota era uma bênção para quem estava ali, compartilhando esse momento comigo.
Quase no fim do espetáculo, uma onda de fraqueza tomou conta do meu corpo, sufocado pelo calor intenso. Desesperadamente, busquei um alívio, uma brisa para me revigorar. O calor escaldante ameaçava me levar à beira do desmaio.
Foi então, na sinfonia de "Mastermind", que encontrei minha estratégia de sobrevivência. Concentrei-me na cadência da música, utilizando-a como guia para controlar minha respiração, para me ancorar no palco e manter-me firme diante do desafio.
Adentrei meu camarim após o show, ansiando por um momento de calma, de paz, de reflexão sobre o que acabara de acontecer, e me refrescar do calor que estava sentindo. Mas a seriedade estampada no rosto de Tree, minha incansável publicitária, me fez perceber que a tranquilidade que buscava estava longe de ser alcançada naquele momento.
"Taylor", ela começou, sua voz carregada de preocupação enquanto eu secava meu rosto e bebia minha garrafa de água, "precisamos conversar."
Soltei um suspiro, tentando mascarar a ansiedade que começava a se insinuar em meu peito. "Mais uma notícia ruim?", perguntei, tentando manter uma leveza que não sentia. "Já não basta Violet ter passado por tudo aquilo, e eu nem poder estar perto?? O que aconteceu de ruim?"
"Infelizmente, Taylor...", começou Tree, sua voz carregada de pesar.
Meu pai entrou no camarim, sua presença firme e reconfortante, um lembrete de que não estava sozinha, de que havia amor e apoio ao meu redor.
"Filha", disse ele, segurando meus ombros com firmeza, como se estivesse me garantindo que estava ali, que eu não precisava enfrentar aquilo sozinha.
"O que está acontecendo?", pergunto, preocupada.
Tree começou a explicar a situação, mas suas palavras ecoavam distantes em meus ouvidos, perdidas em meio ao turbilhão de pensamentos que inundava minha mente.
"No estádio... não permitiam garrafas de água...", começou ela, sua voz carregada de indignação. "E o preço dentro do estádio era exorbitante, 10 reais por um copo pequeno."
E então veio o golpe final, como uma faca atravessando meu peito.
"Uma fã, Ana Clara Benivedes...", disse ela, sua voz vacilando. "Ela passou mal e desmaiou durante sua apresentação, Taylor. Foi levada às pressas para o hospital, mas infelizmente... ela não resistiu."
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Intertwined destinations - Tayvis
RomanceEm "Intertwined destinations", mergulhe na emocionante jornada de Travis Kelce, astro do futebol americano, e Taylor Swift, a renomada estrela pop. Uma noite de verão, marcada pelo show de Taylor Swift em Kansas City, desencadeia uma série de evento...