BERNARDO
Acordei num quarto de hospital, com um rapaz e uma rapariga a olharem para mim.- Berna, acordaste! Eu sei que deve ser estranho - começou o rapaz. - Mas tu tens um filho.
- Um filho? - perguntei eu, incrédulo. - Como assim eu tenho um filho? E quem são vocês?
- A Gertrudes e o Gabriel - respondeu o jovem.
- Vocês estão... Diferentes...
- Bernardo, nós os três já fizemos dezanove anos, enquanto tu estavas em coma. O teu filho tem três anos.
- É impossível eu ter um filho com três anos! E... A propósito... Quanto tempo estive eu em coma?
- Três anos - respondeu a Ger. - E... Já agora... Tu deves querer conhecer o teu filho, certo?
Enquanto ela foi buscar o nosso filho, eu beijei o Gabriel. Ele tinha mudado, muito. Estava musculado e gostoso. Eu nunca mais me queria separar dele.
Depois chegou a Ger, com o nosso miúdo, que, pelos vistos, se chamava Tomás. Era um miúdo baixito, com cabelos castanhos claros e lisos até aos ombros e olhos azuis.
Chorei. Não o consegui evitar. O miúdo podia até ser feio, mas o facto de ele ser meu filho fazia dele o miúdo mais bonito e inteligente do mundo.
- Papá? Tu acordaste?
- Tomás!
Eu abracei-o e ele retribuiu. Estávamos os dois emocionados, tal como o Pinto e a Ger.
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- Então e a Miriam? - perguntei.- Nós não sabemos - respondeu a Gertrudes. - Ela desapareceu sem deixar rasto. Nós também gostávamos que ela aparecesse e que se fizesse justiça.
- Mas quem é a mãe do meu filho?
- A última pessoa com quem te envolvente - disse ela. - Sou eu.
- Eu não sei com quem fique. Preciso de tempo. Eu amo-vos aos dois. Por um lado amo a Ger. Por outro amo o Pinto.
- Se calhar é melhor darmos-te um tempo para pensar - sugeriu o Gabi. - Ou termos um relacionamento aberto.
- Vais-me trocar, se ainda agora te conheci, papá?
- Não Tomás, a ti nunca te vou trocar. Estou a falar com a tua mãe e com o Gabriel.
- Tens planos para quando saíres do hospital? - perguntou o Pinto.
- Estou a pensar em ir para umas quantas de festas para curtir, e para beber uns copos, afinal já sou maior de idade! Também quero levar este puto a passear.
- Eu tenho de ir - disse a Ger, pegando na chave do carro. - Anda, Tomás.
Eles foram-se embora, deixando-me sozinho com o Pinto.
- Agora estamos juntos - riu ele, pousando os seu lábios sobre os meus, levemente. Eu consegui sentir a sua respiração.
- Estamos no hospital, Gabi.
Ele fechou a porta e sorriu sensualmente.
- Agora estamos no hospital, mas em breve podemos estar nas nuvens.
Eu levantei-me e ele empurrou-me para a parede, beijando-me. Abri a boca e senti a língua dele a entrelaçar-se na minha.
Ele beijou-me o pescoço, e eu empurrei-o para a cama do hospital.
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Eu, ele e os outros
FanfictionA história de romance e traição de Gabriel e Bernardo. A continuação no meu perfil.