Capítulo XXI - Juntos para sempre

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GABRIEL


Eu estava todo a tremer, enquanto o Bernardo entrava no meu quarto. Não queria que ele ouvisse o que eu tinha para lhe contar.

- Agora és só meu, Gabi - disse-me ele, sorrindo. - E eu só teu. Somos ambos apenas um do outro.

- Eu amo-te, Berna - afirmei, enquanto uma lágrima grossa escorria pelo meu olho direito.

Ele limpou-me imediatamente a face com carinho, parecendo preocupado comigo. Não pude deixar de o beijar de leve.

- O que se passa, Pinto? Agora somos livres, podemos fazer o que nos apetecer, juntos. Não é o que querias?

- Claro que é! - abracei-o. - Mas não vai ser assim tão juntos...

- Eu não me vou fartar de ti, prometo! Nunca te vou deixar para trás!

- Bernardo, eu vou para Madrid por meio ano, os meus pais obrigaram-me. Não vou poder viver contigo, nem fazer contigo tudo aquilo que nós sonhamos.

Ele olhou para mim, com os olhos a brilhar por causa das lágrimas que estavam prestes a cair dos seus olhos.

- Vais-te embora, Gabi?

- É temporário, prometo. Além disso, nós vamos falar todos os dias, não é? Ouve o que eu te digo: nada, mas absolutamente nada é capaz de nos separar. Nem a distância, nem as fronteiras, nem o tempo. Fomos feitos um para o outro.

- Pois fomos, mas não sei o que vou fazer sem ti por 6 meses.

- Berna, tu tens o Tomás, aproveita para passar tempo com ele. Foca-te nas coisas de que gostas. Fazes isto por mim?

- Por nós - respondeu ele. - Amo-te mais do que qualquer pessoa ou do que qualquer coisa. Fomos feitos um para o outro.

Eu beijei-o e ele abraçou-me. Independentemente de tudo, íamos continuar a ser almas gémeas, como sempre fomos.

Eu precisava dele. Ele era o ar que eu respirava, a água que matava a minha sede e a comida que me mantinha vivo. Era tudo o que eu queria. A meu ver, ele era perfeito.

Eu, ele e os outrosOnde histórias criam vida. Descubra agora