17|Além da dor 🍭

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( Meta de 300 comentários até o próximo capítulo 😊)

JIMIN.

Eu acordo de repente, meu corpo tremendo e coberto de suor frio. Meus olhos se abrem, mas as imagens do sonho ainda ecoam em minha mente, tão vívidas como se fossem reais. Eu me sento na cama, ofegante, tentando entender o que aconteceu. No sonho, eu era apenas uma criança, brincando despreocupadamente perto de uma árvore. Mas então, Jung-seo apareceu, e de repente eu me vi chorando, uma angústia profunda me envolvendo. Por que eu estava chorando na presença dele? Por que me sentia tão vulnerável?

As perguntas giram em minha mente, enquanto tento desesperadamente entender o significado por trás desse sonho recorrente. Por que meu passado continua a me assombrar dessa maneira? Por que minhas lembranças parecem tão turvas e confusas?

Eu sacudo a cabeça, tentando afastar as lembranças enquanto me concentro em minha respiração.

- Acorda... - A voz da enfermeira cortou meus pensamentos, arrancando-me da cama com uma sensação de sonolência persistente.
Os olhos ainda embaçados, observei perplexo enquanto a porta se abria para revelar a entrada de dois enfermeiros e um médico, suas figuras indistintas se movendo rapidamente pela sala.

- O que vocês estão fazendo? - minha voz saiu rouca e confusa, ecoando no silêncio da manhã. Mas antes que eu pudesse receber uma resposta, os enfermeiros agarraram meu braço, arrastando-me para fora do quarto com uma urgência inexplicável. - Ei, me soltem! - gritei, lutando contra o aperto de suas mãos enquanto tentava entender o que estava acontecendo. Mas minhas palavras caíram em ouvidos surdos, perdidas na confusão que envolvia a situação.

Entramos em uma sala iluminada, onde me sentaram em uma cadeira, e diante de mim, uma câmera estava posicionada, pronta para registrar cada expressão no meu rosto.

Um dos enfermeiros entrou na sala, ajustando o ângulo da câmera com um gesto firme e profissional. Seu olhar, porém, parecia transbordar de impaciência.

- Agora, Park - sua voz carregava um tom de autoridade misturado com frustração - Preciso que você me diga o porquê de ter se internado neste lugar.

Eu permaneci em silêncio, sentindo o peso daquele olhar penetrante sobre mim. A irritação do enfermeiro era notório, e sua paciência parecia estar se esgotando rapidamente diante da minha falta de resposta.

-Tudo poderia ser mais fácil se você concordasse em não ajudar - disse o enfermeiro, eu ergui a cabeça com um sorriso sarcástico. - Isso, agora fale olhando para a câmera.

O enfermeiro assentiu com impaciência, e meu olhar encontrou a lente da câmera, minha expressão refletindo um misto de deboche e desafio.

- Posso fala o que quiser? - perguntei, desviando o olhar para o enfermeiro, cuja concordância foi dada com um gesto brusco. - Bom, eu queria muito... - deixei a provocação no ar, vendo-o se contorcer desconfortavelmente em sua cadeira. - ...queria muito bater uma... mas é meio desconfortável fazer isso com alguém ao seu lado... - minha voz carregava um tom sugestivo, e eu não pude evitar uma risadinha mordaz enquanto olhava de relance para a enfermeira ao meu lado.

O homem ao meu lado bateu o pé no chão com uma expressão de raiva, grunhindo em resposta à minha insolência.

- Estou falando sério, Park - ele ajustou seus óculos com um gesto brusco, respirando fundo para conter sua irritação. - Olhe para a câmera e vamos tentar outra vez.

Com um sorriso debochado dançando em meus lábios, ergo o dedo do meio com um movimento exagerado. Meus olhos brilham com malícia enquanto fixo a câmera.

O enfermeiro se aproxima com uma expressão irritada, invadindo meu espaço pessoal e aproximando-se perigosamente do meu rosto. Estreito os olhos, mantendo minha postura desafiadora, enquanto meu corpo reage instintivamente, tenso e pronto para reagir à menor provocação.

BOATE KITTY | JIKOOK / TAEYOONSEOK Onde histórias criam vida. Descubra agora